quinta-feira, 31 de maio de 2007

GREVE GERAL. 30 DE MAIO

Added: May 30, 2007From: grevegeral
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Category News & Politics
Tags:
PCP Greve geral 2007
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GREVE GERAL. 30 DE MAIO


GREVE GERAL: IMPACTO NACIONAL E CONTRIBUTO PARA A MUDANÇA
A CGTP-IN saúda os trabalhadores portugueses, particularmente aqueles que, com muita coragem, determinação e sacrifícios pessoais, para si e para as suas famílias, exerceram o inalienável direito à greve, mesmo quando confrontados com a proibição de plenários de trabalhadores, recolha ilegal de dados pessoais, ameaças de processos disciplinares ou com o recurso à GNR para dificultar o exercício dos piquetes.
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domingo, 27 de maio de 2007

O PCP EM ACÇÃO

A Saúde é um direito!
O relatório Vergnaud sobre o impacto e consequências de exclusão dos serviços de saúde da directiva dos serviços no mercado interno foi aprovado, contando com o voto contra dos deputados do PCP no Parlamento Europeu. Este relatório insere-se na estratégia da Comissão Europeia que pretende, de certo modo, voltar a re-integrar os serviços de saúde na lógica do mercado interno de serviços pela apresentação de uma nova proposta de directiva para os serviços de saúde que foram retirados da famigerada directiva Bolkestein.
Declaração de voto

Sobre a Política Energética
Na Sessão Pública sobre Política Energética, realizada no conjunto de iniciativas que o PCP está a levar a cabo no âmbito da preparação da Conferência Nacional sobre Questões Económicas e Sociais de Novembro próximo, Jerónimo de Sousa elencou algumas das propostas do PCP e sublinhou que também nesta matéria, como noutras, a Conferência Nacional «tornará evidente que o caminho que a política de direita impõe não é único e que há outras soluções capazes de resolver os problemas nacionais, garantir o desenvolvimento do país e a melhoria das condições de vidas aos portugueses».

O desemprego continua a crescer e atinge 18,5% dos jovens trabalhadores
Os dados revelados sobre a situação do desemprego no primeiro trimestre são escandalosos e assumem preocupações quando consideramos as novas gerações de trabalhadores. A incidência na juventude é reveladora, 18.5% o que equivale a cerca de 100 mil jovens desempregados. O PCP reafirma a confiança de que as jovens gerações de trabalhadores saberão dar força a este amplo movimento de descontentamento, protesto e exigência de um novo rumo e de uma nova política no qual os trabalhadores são parte activa, fundamental e imprescindível, apelando mais uma vez à participação na Greve Geral de 30 de Maio, convocada pela CGTP.


Contributos do PCP para uma estratégia de desenvolvimento do Distrito de Setúbal
Na apresentação pública dos «Contributos do PCP para uma estratégia de desenvolvimento do Distrito de Setúbal», iniciativa no âmbito da Conferência Nacional sobre questões económicas e sociais, Jerónimo de Sousa reafirmou que «não aceitamos que a única solução seja destruir os serviços públicos necessários à garantia da qualidade de vida das populações e com eles à destruição de mais emprego. (…) Há outros caminhos, outras soluções para o desenvolvimento regional, para o aumento da criação de riqueza e do emprego, para o desenvolvimento sustentado do país.» Jerónimo de Sousa sublinhou que «o Distrito de Setúbal com a sua localização estratégica, quer no contexto nacional, quer no contexto internacional, com o seu enorme potencial energético, industrial e turístico e com as suas enormes potencialidades nos sectores da agricultura e pescas, fruto das suas condições naturais, com uma mão-de-obra particularmente vocacionada e experimentada nos diversos sectores produtivos e com a grande capacidade instalada ao nível dos recursos de formação e qualificação, pode dar esse contributo para o país e resolver o grave problema de desemprego que é hoje superior à média nacional.»

Debate em Coimbra
No debate realizado em Coimbra, no âmbito da preparação da Conferência Nacional sobre Questões Económicas e Sociais, Jerónimo de Sousa sublinhou que «a situação de destruição dos sectores produtivos que Coimbra e o país enfrentam não se pode desligar das políticas económicas de sucessivos governos que deixaram à sua sorte os sectores produtivos e que em muitos aspectos se traduziu num vazio de orientação e intervenção, situação que se mantém e continua a condenar importantes sectores e empresas industriais».


Desemprego volta a subir
Os números agora divulgados sobre a evolução do desemprego no primeiro trimestre de 2007 são uma das mais flagrantes denúncias da incapacidade de um Governo que, ainda esta semana, tocou trombetas e lançou foguetes por umas variações decimais de natureza conjuntural do crescimento do PIB (sobretudo associada à dinâmica de crescimento da economia Espanhola e Europeia) mas que, agora, mantém o silêncio perante o resultado real das suas políticas.


Sobre a libertação de Posadas Carriles
Sobre a recente decisão das autoridades judiciais norte-americanas de libertar Posada Carriles – conhecido terrorista internacional e autor confesso de vários crimes contra os povos da América Latina e em particular contra o povo cubano – o Secretariado do Comité Central do PCP, em comunicado, deu a conhecer que esta decisão merece o mais veemente protesto do Partido Comunista Português.

Apresentação da candidatura da CDU à CML
Na apresentação da candidatura da CDU às eleições intercalares à Câmara Municipal de Lisboa, Jerónimo de Sousa sublinhou que «Lisboa precisa do trabalho, da honestidade e da competência da CDU. Lisboa precisa de quem, como a CDU, conhece como ninguém a Cidade e os seus problemas: de quem como a CDU, se identifica com as aspirações do seu povo a uma vida melhor. Lisboa precisa de quem dê garantias de uma atitude coerente e combativa às posições da direita. Lisboa precisa de um projecto de esquerda firmado num percurso de intervenção que só a CDU está em condições de apresentar e assegurar.»

quarta-feira, 23 de maio de 2007

IGAT - Inspecção Geral da Administração do Território

IGAT - Inspecção Geral da Administração do Território

Pois é.Sr Carlos Pinto.

Aí tem novamente a IGAT.

Você afirmou na última Assembleia Municipal de 18 de Maio que "se não estão contentes, queixem -se ao IGAT".

E não é que aconteceu!

Sem queixa quanto ao assunto em questão, mau negócio com a GPS e a história do Colégio, a IGAT e o Concelho da Covilhã foram notícia na TVI no dia 22 de Maio, a propósito de terrenos, urbanizações, Reserva Agrícola e outras coisas e trapalhadas que tal.

Neste momemto já tenho uma teoria.

Depois de várias inspecções e de tantos outros inquéritos sem quaisquer conseguências, o Sr Carlos Pinto, Presidente da Câmara Municipal, estica a corda, o elástico, come amendoins e bebe cerveja a acompanhar os inquéritos.Puxa, puxa,estica, estica,aumentando os valores da adrenalina, goza do prazer daquela, até se consumir e desaparecer como coisa efémera.

Uma dúvida.

Será que o povo está a acordar e a ver de facto?

E a sede do Benfica do Tortosendo ´ja está construída?

Não será que alguém (CMC? Somague) anda a enganar o Tortosendo?

A Direcção vai no engodo?

Não será tempo de accionar outros mecanismos judiciais?

terça-feira, 22 de maio de 2007

0 PARTIDO DAS CAUSAS NOBRES



Aderi ao PCP em 1983, com 19 anos. Ainda hoje recordo a emoção do momento. Nesse ano o Partido contabilizou mais de 200 000 militantes e só a soma dos que tinham menos de 35 anos era superior ao total de militantes do ps. Fazendo a retrospectiva destes 24 anos o que ressalta, intenso e fundamentado, é um profundo orgulho na minha condição de militante comunista. Sinto-me cada vez mais honrado por pertencer a este imenso colectivo partidário. Homens e mulheres construíram, construímos, das mais belas páginas da história portuguesa.

Desde a sua fundação, em 1921, o PCP tem sido um referencial de honra, dignidade, resistência, coragem, estudo, firmeza, coerência, dedicação, ternura, festa, solidariedade, verdade, ideais, amor, futuro. E eu sinto-me feliz por me saber parte desta obra colectiva. Por se me aplicar a mais bela expressão do mundo: camarada!

Digo-o de forma convicta e sem qualquer espécie de fanatismo ou convicção de superioridade. Digo-o por amar profundamente o PCP. Digo-o por serem meus, também, os heróis que tudo deram desinteressadamente para que Portugal pudesse ser livre. Se disser Álvaro, Lourenço, Miguel, Tereso e tantos nomes – tantos -, o que vejo é uma fortaleza inexpugnável de convicções e luta. Gente honrada, gente minha.

Costumo pensar nos meus camaradas, de norte a sul do país, resistindo sozinhos ao que aparentemente seria invencível. Quarenta e oito longos anos seguraram nas mãos corajosas a digna bandeira rubra. A nada soçobraram. A nada capitularam. Tiveram medo, venceram-no. E quando chegou o tempo novo souberam recompensado tanto esforço, tanta abnegação.

Hoje uma amiga perguntou-me se perante determinados acontecimentos, não questiono as minhas convicções. Se perante a conduta miserável de alguns que afirmam partilhar comigo ideais, não me apetece desistir de lutar. Não! Era só o que faltava…

Aprendi no PCP que devemos estar sempre do lado dos que trabalham e são explorados. Ao lado dos que são maltratados, perseguidos, humilhados. Somos revolucionários e não há ilusionismo que se sobreponha a essa condição. Se nos calássemos perante canalhas de cravo vermelho ao peito, não teríamos legitimidade para combater os que sempre odiaram Abril.


Pedro Namora

domingo, 20 de maio de 2007

A venda da EPABI. Um mau negócio para a Covilhã

O conteúdo deste artigo corresponde, no fundamental, à minha intervenção na Sessão da Assembleia Municipal de 18 de Maio de 2007.

Que fique claro que não sou contra os colégios privados. Discordo, isso sim, que os mesmos sejam construídos à custa do património público e que possam beneficiar de verbas públicas quando existem, na área da sua implantação, estabelecimentos públicos.

A EPABI aparece neste "negócio" como sendo o instrumento fundamental da "orquestra". Na Assembleia Municipal obtive a informação que o tal senhor que foi deputado do PS é, agora, deputado do PSD.Tudo se interliga, afinal.

Nos anos noventa, do século passado, criou-se no Concelho da Covilhã uma Escola Profissional que teve como parceiros fundadores a Câmara Municipal da Covilhã e o Conservatório Regional de Música.
Os estatutos de fundação daquela Escola Profissional, obrigavam a Autarquia – Câmara Municipal e aquela Instituição de carácter associativo, a comparticiparem nas despesas relativas ao seu funcionamento, 30% a dividir pelas duas.
É evidente que o Conservatório estava nesta parceria com o peso da sua imagem pública, o seu saber, experiência e recursos técnicos. Porque dinheiro disponível, raramente tem, como qualquer colectividade que presta um serviço público e que nem sempre é apoiada como merece.
O financiamento era e é obtido, no essencial, através da comparticipação comunitária e Ministério da Educação, via Direcção Regional de Educação do Centro.
Assim se criou a Escola Profissional de Artes da Beira Interior.Com uma Direcção nomeada pela Câmara Municipal, e nem sempre acordada com o Conservatório Regional de Música, lá foi funcionando lançando cursos profissionais de música dando certificação profissional e escolar aos alunos que a frequentaram e frequentam.
A par dos cursos profissionais também se organizaram quartetos e orquestras, dando visibilidade à Escola e à Cidade, em vários palcos e cidades.
Porém, os fundadores da Escola, rapidamente se esqueceram dos 30%, deixando para as diferentes Direcções da EPABI, a difícil tarefa de gestão de uma Escola com financiamento próximo dos 100% , mas, onde nem todas as despesas são elegíveis.
Imagino a criatividade e o esforço necessário dos Directores para assegurarem o funcionamento da Escola, o pagamento dos seus compromissos com os recursos humanos, a aquisição de instrumentos e as despesas inerentes a espectáculos e promoção da Escola.
O esforço, é evidente, sempre era compensado com uns míseros 1.250 Euros por mês .
Quero referir, nesta pequena história, que enquanto vereador, em exercício de 1997 a 2001, nunca tive conhecimento de tais pagamentos.
Pensava eu que os Directores propostos pelo Sr Presidente da Câmara Municipal, exerciam as suas funções, como em qualquer colectividade, sem qualquer vencimento. Como é do conhecimento público, as contas da EPABI, como outras que por aí andam, não são apreciadas pela Câmara nem pela Assembleia Municipal, apesar de o Município se constituir como o principal dinamizador e investidor.
Era previsível que, sem os 30% mensais, a viver com o financiamento comunitário e do ME, e com a necessidade de pagamento prévio da facturação, incluindo os salários dos directores, as diferentes Direcções da EPABI, foram contraindo empréstimos à banca pagando, como é óbvio, os juros que, por azar, não eram comparticipados.
E assim se foi vivendo, até se acumular uma dívida de mais de 500.000 Euros, que se reduziu para cerca de 400.000 Euros.
A situação da EPABI era esta nos últimos tempos, agravando-se a mesma com a inexistência de instalações e com a indicação da Direcção Regional de Educação de que se a EPABI não encontrasse instalações condignas deixaria de financiar a Escola.

O Sr Presidente da Câmara Municipal perante a grave situação financeira provocada pelo incumprimento das obrigações da Câmara Municipal, e pela gestão dos seus nomeados, também aqui na versão covilhanense dos boys, DECIDIU VENDER A EPABI.
VENDER foi a solução encontrada para esconder a fuga a responsabilidades assumidas e a incompetência na gestão de uma Escola Profissional financiada pelo Ministério da Educação e por Fundos Comunitários.
Encontrou um parceiro, a Sociedade Comercial GPS – Gestão de Participações Sociais, representada pelo Senhor António Calvete, antigo deputado do Partido Socialista, e gestor de uma dezena de colégios privados na Região Centro.
Aliança estratégica. SIM. UMA ALIANÇA DE GRANDE SIGNIFICADO ESTRATÉGICO E DE ELEVADO INTERESSE PARA O CONCELHO. E Com alguém com elevada experiência no sector e com acesso fácil aos corredores do poder instalado.
Um achado.
Mais uma acção inédita no Concelho da Covilhã.
Mais uma descoberta, só igualável com a descoberta da pólvora ou do ovo de Colombo.
Tinha que ser uma coisa de estalo.
E assim nasceu a ideia, a intenção da instalação de um Colégio Internacional.
Que extraordinário, meus senhores, que mentes brilhantes.
Deu primeira página nos jornais regionais, nos nacionais e, quiçá, notícia de abertura dos 4 canais da TV.
No contrato promessa assinado pela GPS e CMC em 13 de Dezembro de 2006, afirma-se que a GPS tem por objectivos, entre outros, o:
- Criar o Colégio Internacional
- Fortalecer e dinamizar o estudo da Música
- Criar um estabelecimento de ensino para alunos dos 3 aos 18 anos (do pré – escolar ao 12º ano)
E afirma, ainda, que, praticamente, não existe oferta de ensino em termos privados, o que é caricato, pois, temos, o Conservatório Regional de Música que tem o pré-escolar e o 1º Ciclo e o Externato do Tortosendo que possui do 2º Ciclo ao 12ºAno.
A Câmara afirma que tem um terreno, em leasing, que vai adquirir à BPI-Leasing (não indica os custos do mesmo), do qual irá destacar 15.000 m2, que promete ceder à GPS, pagando esta o passivo de 400.000,00 Euros.
Este valor corresponde ao passivo da EPABI encontrando-se prevista a integração desta Escola no tal Colégio.
A Câmara ainda se compromete a isentar o tal Colégio de taxas e licenças urbanísticas (que não são quantificadas no protocolo) e o acordo nem sequer necessita de reconhecimento notarial das assinaturas porque os outorgantes são de inteira confiança mútua.
Estamos perante a venda da EPABI por 400.000 Euros.
Contudo a Câmara Municipal dá um terreno, que irá pagar à BPI-Leasing (300 a 400 mil Euros, pelos 15.000 m2), localizado em zona com infra estruturas desportivas e sociais, inviabiliza a construção da piscina prevista no projecto do Parque Desportivo (mais uma promessa que vai para canto), com um valor nunca inferior a 1. 725.000 Euros (€115X15.000m2) e isenção de taxas nunca inferiores 150.000 Euros, totalizando um valor próximo dos 2.500.000 (dois milhões e quinhentos mil Euros), ou seja, 500.000 contos, na moeda antiga.
Concluiu-se, assim, que para se pagar um passivo de 80.000 contos se oferecem, de mão beijada, 500.000 contos. É obra. É ser amigo. E é inédito no Concelho da Covilhã.
ISTO SÓ PODE TER UM NOME.
SE O INTERESSE PÚBLICO NÃO É VISÍVEL NEM DEMONSTRÁVEL!
QUE NOME PODERÁ TER?
Por outro lado, será que esse tal colégio particular é necessário à Covilhã?
Se a Câmara Municipal da Covilhã cumprir com o seu dever de construção da Escola do 1º Ciclo na Urbanização da Quinta das Palmeiras, como se encontra definido no Plano de Pormenor.
Se a Câmara Municipal cumprir com a construção do Jardim de Infância da Quinta da Alâmpada e da Escola do 1º Ciclo também ali prevista, junto à urbanização da passagem de nível.
Se a Câmara Municipal cumprir com o aumento do número de salas do 1º Ciclo na freguesia do Canhoso.
Se as Escolas públicas da Covilhã, do 2º, 3º Ciclo e Secundárias dão resposta à população escolar existente.
Se o Conservatório Regional de Música continua a funcionar e o Externato do Tortosendo está a perder alunos.
Se a Câmara Municipal cumprir com a construção do Centro de Artes (para o qual já temos Rua com nome) para a instalação da EPABI.
Se a Câmara Municipal cumprir com os seus compromissos enquanto sócia fundadora da EPABI.
Para que necessitamos deste negócio e de um Colégio, dito Internacional,?
Porque somos do Interior?
Provincianos?
Tomados como ignorantes?
Covilhã, 18 de Maio de 2007

DAR FORÇA E RAZÃO À GREVE GERAL






A nova direcção da Confederação da Indústria Portuguesa tomou posse dia 2 de Maio, com Francisco Van Zeller à cabeça de um grupo de 34 homens e 1 mulher que compõem a elite representativa do patronato.
De Luís Filipe Pereira a Mira Amaral, ali estão os representantes do sector têxtil e vestuário, da construção civil da metalurgia, da energia, das empresas de trabalho temporário e, afirmam querer alargar mais a "sua" confederação e "ser mais fortes".
É ali que estão os representantes do capital, os responsáveis do atraso do país, os executores da claque dirigente que manda nas políticas.
Foi esta gente que conduziu o país à submissão ao Pacto de Estabilidade e que, em nome dele, aponta remédios para aumentar a doença. É esta gente que só conhece uma cassete, a neoliberal.
É este presidente da CIP que elogia Sócrates mais que ao seu governo, pela sua teimosia e obstinação em aplicar as politicas que até a direita mais conservadora não ousou por em marcha.
É este presidente da CIP que considera que o Estado Social é um peso nas contas públicas, que tem trabalhadores de mais com direitos a mais, serviços de saúde a mais, segurança social a mais, escolas e infantários a mais. Enfim... tudo privilégios que deverão acabar.
É por isso que estes senhores advogam que se ocorre um despedimento é porque o trabalhador é incompetente, se despedem mil é porque não são competitivos. Por isso, eles despedem às centenas e milhares apesar do financiamento que o Estado lhes dá.
Ou seja, são os mesmos que se governam do Estado mas que consideram esse mesmo Estado ineficaz e incompetente.
Até o Código do Trabalho que fizeram pela mão do PSD e CDS já é restritivo com o governo do PS, por isso, querem mudá-lo para pior que Bagão Félix.
Van Zeller, a seguir à tomada de posse, apressou-se a, publicamente, vir dar o "mote" da chantagem. Diz ele: "Ou nos dão mais flexibilidade, ou terão mais precariedade". Esta ideia tem subjacente o condicionar do elo mais fraco das relações de trabalho, colocar as pessoas em estado de necessidade.
Sócrates entusiasma-se com este discurso e segue, segue cortando a direito o já débil Estado Social encerrando serviços públicos, despedindo os seus funcionários e preparando novas "velhas" leis do trabalho. O que se vislumbra é que lá para o final do ano teremos pior que Bagão: o "Código Vieira da Silva" com o "mote" de Van Zeller e o "determinismo" de Sócrates.
Que fazer então para responder, parafraseando Salgueiro Maia, "Ao estado a que isto chegou"?
O caminho é o protesto, o protesto nacional, o protesto geral, independentemente de considerações de melhores ou piores condições conjunturais, a GREVE GERAL foi convocada e devemos apoiá-la.
Juntando todas as vontades, promovendo e dando confiança a todos e a todas quantos estão descontentes, unindo em torno de objectivos comuns, o maior número de pessoas e movimentos, sejam eles/as votantes ou apoiantes de que corrente política forem, o desafio é a maior participação colectiva contra as medidas do governo, nomeadamente o desemprego, a precariedade, o ataque ao Estado Social, e a flexi-precariedade.
É nesta convergência descomplexada sem tutelas ou carimbos mas, em torno dos conteúdos concretos, que nos temos que dirigir a todas e a todos.
É nesta convergência ampla e participada, em pé de igualdade, com respeito pelas suas agendas próprias mas, onde todas e todos tenham o mesmo valor e não se meçam pelo título, cargo ou dimensão. É nesta confluência de esforços, quando o momento exige que a unidade é precisa para que a GREVE GERAL tenha êxito e seja um momento alto na luta.
É nesta perspectiva que faremos o trabalho de participação activa, de mobilização intensa, com vigor, com garra, com máxima determinação.
Mas a luta anti-capitalista não se esgotará em 30 de Maio com esta Greve Geral. O período que se avizinha, em que a presidência portuguesa vai colocar no centro de debate e de decisão a flexi-precariedade, exige respostas. No dia 30, teremos que dar um forte aviso ao patronato e ao governo condicionando-o para investidas futuras.
"Um sopro de democracia e de liberdade nas empresas nos serviços públicos e, na vida do País", como afirmou Carvalho da Silva no 1º de Maio.
Porque só agindo antes que nos tirem tudo é possível começar a inverter "o estado a que isto chegou".
MARIANA AIVECA

segunda-feira, 14 de maio de 2007

PRÓS E PRÓS




“A França decide a presidência! Os madeirenses escolhem o líder! Em Lisboa espreita um novo acto eleitoral! Direita ou esquerda? O que valem estes conceitos? Que agendas políticas suportam? O que significa ser de esquerda ou de direita? O Choque de Valores com Mário Soares, Adriano Moreira, Miguel Portas e Paulo Rangel no maior debate da televisão portuguesa!” Assim mesmo, cheia de exclamações e entusiasmos, a RTP anunciou o seu programa de segunda-feira passada.É verdade que o Prós e Contras tem sido exemplo de um estilo saltitante e pouco profundo, agressivo sem ser acutilante, parcial e opinativo. Basta dizer que o programa, apesar de apresentado por uma titular da carteira de jornalista, responde à Direcção de Programas da RTP, e não à Direcção de Informação.É claro que perante o anúncio do tema e dos convidados o PCP protestou. Não é normal que, num programa para discutir tais temas, estejam presentes o candidato do PS às eleições presidenciais, um antigo secretário-geral do CDS, o eurodeputado do BE e um deputado do PSD. No caso da Madeira, a composição fica mais hilariante: convida-se o 1º, o 2º, o 4º e o 5º partidos mais votados. Estranho esquecimento do 3º!Confrontada com a ausência do PCP no debate, Fátima Campos Ferreira respondeu candidamente à Lusa que o programa “debate ideias e não faz representação do leque partidário da Assembleia da República” e que “foram convidados quatro pensadores, escolhidos pelo seu valor intelectual”. Só lhe faltou ter pena dos coitaditos dos comunistas, que não pensam, não têm valor intelectual, não sabem participar num debate de ideias nem entendem critérios tão claros e evidentes!Mais de mil pessoas à porta da Casa do Artista protestaram contra mais esta discriminação feita ao PCP. Apesar de nenhum órgão da comunicação social, à excepção do Avante!, ter estado presente, as intervenções de vários militantes do Partido sobre os temas em debate mostraram a quem quis ouvir que o PCP tem pensamento e autoridade para intervir sobre eles. E que não é o facto de nos tentarem excluir que nos impedirá de ter opinião, de a transmitir aos trabalhadores e ao povo, de haver muitos portugueses que, não sendo do Partido, a escutam, consideram, integram na sua reflexão individual. Como se gritou bem alto à porta da Casa do Artista: não nos calam! E lutaremos sempre pela pluralidade e a liberdade de expressão.

De:Margarida Botelho no Jornal Avante

domingo, 6 de maio de 2007

NÃO CALAM A VOZ DO PCP

Não calam a voz do PCP!
Domingo, 06 Maio 2007
O programa “Prós e Contras” da próxima segunda-feira, com o tema “Choque de valores”, tem um painel de convidados onde está anunciada a presença do último candidato presidencial do PS (Mário Soares), de um ex-presidente do CDS-PP (Adriano Moreira), de um deputado do PSD (Paulo Rangel) e de um dirigente e eurodeputado do BE (Miguel Portas), excluindo de forma inqualificável a presença do PCP, que não aceita esta discriminação e amanhã, dia 7, pelas 21 horas, deslocar-se-á à Casa do Artista, com uma numerosa delegação com o objectivo de participar no programa e expressar o seu veemente protesto perante esta inaceitável exclusão.
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A Luta das Mulheres e os negócios que por aí se fazem!

Dar sentido à luta das mulheres
no nosso tempo

O XIV Congresso da FDIM realizado em Caracas, de 8 a 14 de Abril, constitui um marco no processo da construção de uma organização internacional de mulheres capaz de dar sentido às aspirações das mulheres do nosso tempo que anseiam por uma sociedade onde seja garantida a cidadania plena, uma sociedade que as respeite e garanta os seus direitos e lhes permita ao mesmo tempo que elas sejam construtoras e não subordinadas. Nele participaram mulheres de 93 países de 146 organizações, sendo 445 delegadas e 409 convidadas. As delegadas eram oriundas de 16 países e representantes de 27 organizações da Africa; de 6 países e 7 organizações da Ásia; de 25 países e 58 organizações da América; de 23 países e 30 organizações da Europa; de 25 organizações de 11 Países Árabes, o que mostra o seu alcance internacional com acrescidas responsabilidades.
Névoa sobre o território

Os negócios proporcionados pela construção civil e pelo imobiliário ultrapassam o imaginável. Em poucos anos empresas têm lucros fabulosos por vezes sem terem produzido o que quer que seja. Recorde-se os recentes negócios em volta do Parque Mayer, dos terrenos na Expo ou em Telheiras onde terrenos onde não era previsto construir, portanto quase sem valor, acabaram a ser ocupados por grandes blocos edificados, valorizando-os brutalmente. Há desde empresas mediáticas como a Bragaparques a quase desconhecidos empreendedores como o que há uns tempos atrás, um jornal dito de referência assinalava como um dos homens mais ricos de Portugal, que tinha obtido os seus grossos cabedais em negócios de compra de terrenos de pouco valor acrescentado que subitamente adquiriam fabulosas mais valias por alteração do seu valor de uso. Homens e empresas que fazem chover…dinheiro!