domingo, 28 de junho de 2009

Luis Garra, Cabeça de Lista da CDU




APRESENTAÇÃO
No passado dia26 (sexta-feira), em Castelo Branco, com a sala da Biblioteca Municipal cheia de apoiantes e militantes da CDU, foi apresentado o cabeça de lista da Coligação Democrátina Unitária pelo distrito de Castelo Branco.
Ana Leitão fez a apresentação do candidato, fazendo o perfil e currículo do cabeça de lista.
Luis Garra fez uma vigorosa intervenção que, certamente, será a "marca" da intensa campanha eleitoral que vai ser necessário travar para derrotar as políticas de direita.
Carlos Gonçalves, da Comissão Política do PCP, interveio para reforçar as vantagens e necessidade de o distrito de Castelo Branco ter um Deputado na Assembleia da Répública.
Da parte dos presentes na sala, ficou o compromisso de que tudo farão para alcançar esse objectivo.


Arraial Popular


Jerónimo de Sousa no Tortosendo


domingo, 14 de junho de 2009

AS MENTIRAS DO IMPERIALISMO






Depois da segunda guerra mundial, os dirigentes políticos ocidentais e americanos, culpavam a União Soviética e a China de todos os males do Mundo: Direitos do Homem, falta de democracia, revoltas em alguns países, guerras coloniais etc., etc. designando o campo socialista como as forças do mal o que Kenedy, antigo presidente americano, designava como "a conspiração monolítica e cruel," procurando levar "a sua influência brutal" ao mundo livre.
Ora, com o desaparecimento da União Soviética e a queda do muro de Berlim, as políticas deviam mudar e o Mundo transformar-se no prometido "Paraíso Terrestre."
Só que, depressa o rumo seguido fez aparecer claramente o passado projectando uma nova luz sobre o que aconteceu antes, pondo a claro os fundamentos estabelecidos das políticas seguidas.
O fim da guerra-fria deu lugar a uma maré de retóricas mo Mundo, afirmando-se que o Ocidente ia enfim ser livre de defender o seu apego tradicional da liberdade, da justiça e dos direitos do homem sem ser travado pela oposição de outras potências. Só que a realidade é bem outra e hoje, temos que constatar que o Mundo em nada melhorou. A
miséria cresceu, as liberdades estagnaram, se não recuaram, os direitos do homem regrediram e inventaram-se novos campos de tortura.
Ligado a um novo vocabulário inventaram palavras nobres como "intervenção humanitária" e "responsabilidade de proteger", mas hoje sabemos qual a sua finalidade: Cosovo, Bósnia, Iraque, Afeganistão, Ruanda e muitos outros países sabem muito bem o que o humanitário, para o Ocidente, significa.
Toda a ideia, por muito legítima que ela seja, corre o risco de se transformar em ideologia e de ser utilizada pelos poderes estabelecidos a de fins que lhe são próprios.
É o que acontece com a ideia da defesa dos direitos do homem logo que ela se transforma em legitimação da ingerência militar unilateral e que, apoia a recusa do direito internacional.
Durante o período colonial, a dominação ocidental sobre o Mundo, foi justificada pelo cristianismo ou pela "missão civilizadora" da República. Depois da descolonização e o fim da guerra do Vietname, há um certo discurso sobre os direitos do homem e da democracia, misturado a uma representação particular da Segunda Guerra mundial, que completou a lista.
Esta ideologia, conseguiu mistificar e enfraquecer os movimentos progressistas e pacifistas que procuram opor-se às agressões ocidentais e às estratégias de dominação.
Ela é uma sorte de cavalo de Tróia ideológica do intervencionismo ocidental no seio dos movimentos que, em princípio, lhes são opostos. Mais, ela contribui a fazer esquecer aos movimentos altermundialistas que a ordem socio-económica profundamente injusta que eles combatem é apoiada, no fim de contas, pelo poder militar americano.
Logo que grupos de pessoas exercem poder sobre outros, que se trate de patrões, de aristocratas, de ditadores, de monarcas, de burocratas ou de colonos, eles têm necessidade de uma ideologia justificativa. E a forma abstracta desta justificação é quase sempre a mesma; logo que alguém exerce um poder sobre outro ele o faz "para o seu bem". Dito de outra maneira, o poder se apresenta como altruísta, Primeiro, falavam "das verdades sublimes contidas na eterna religião do Cristo nosso Salvador", assim como nos princípios "da sua santa religião plena de justiça, de caridade e de paz",prometendo comportar-se como os pais em relação aos filhos.
No século vinte, mudança de tom. Fizeram-se guerras em nome da democracia e da liberdade e não se olhou a meios. Criaram-se ditadores sanguinários, principalmente na Europa e na América Latina, e não só. Para além de Hitler e Mussolini inventaram Salazar, Franco, Pinochet, Shuarto, Mobuto, os generais argentinos, brasileiros, guatemaltecos etc,...
Para trás ficaram milhões de mortos: homens, mulheres e crianças inocentes e indefesas pagaram com a própria vida a ganância e a estupidez dos senhores do mundo.
Em plena guerra do Vietname, o historiador americano Arthur Schlesinger descrevia a política americana neste país como fazendo parte do "nosso programa geral da boa vontade internacional". Ao fim desta guerra, um comentador liberal escrevia no New York Times que:
"Durante um quarto de século, os Estados Unidos ensaiaram de fazer bem, de encorajar a justiça social no terceiro mundo", mas, só que foram além das suas possibilidades morais e caíram na maior das hipocrisias. É difícil encontrar um poder abertamente cínico; os indivíduos que vivem à margem da sociedade, como os membros dos gangues ou das máfias, fornecem, sem dúvida, os melhores exemplos. Isto vem em parte do facto que o efeito da ideologia era constantemente reforçado pela existência de um sacerdócio secular, que jogava nas sociedades tradicionais. Este apresentava-se como sendo um intermediário entre o humano e o divino e assim se legitimava o poder dos grupos dominantes interpretando de maneira adequada a vontade divina. Assim se garantia uma posição social relativamente privilegiada ao abrigo do poder temporal.
Com as luzes da Revolução Francesa e as revoluções democráticas na Europa, a missão da religião, como justificação do poder diminuiu constantemente. E hoje invocar a democracia tem uma ressonância mais contemporânea que a da Santa Aliança invocando a religião.
Notaremos por exemplo que mesmo alguém tão religioso como Bush, não justificava as suas guerras ao nome da religião, mas sim da democracia e dos direitos do homem.
Nota-se igualmente, que os seus amigos da Europa eram muitas vezes incomodados pelo seu lado religioso e preferiam que ele se detivesse aos discursos sobre os direitos do Homem.


Armando Madeira

sexta-feira, 12 de junho de 2009

RESULTADOS ELEITORAIS

COMUNICADO SOBRE OS RESULTADOS ELEITORAIS DE 7 DE JUNHO

O Secretariado da Direcção da Organização Regional de Castelo Branco do PCP, afirma a sua satisfação face ao importante progresso eleitoral da CDU no Distrito e no País. Um aumento de votação e de percentagem que reflecte um expressivo sinal de exigência de mudança e de confiança na luta por uma vida melhor.

Resultados que mostram o crescente apoio da população do Distrito a esta força combativa, de intervenção e de proposta. O aumento de 4,9% para 7,3% no Distrito, traduzido também em mais cerca de 1800 votos, assim como o crescimento em todos os concelhos, são elementos que não podem deixar de ser valorizados e de constituir um sólido elemento de confiança para as batalhas políticas e eleitorais que num futuro próximo podem contribuir para uma mudança na vida política regional e nacional.

O resultado da CDU, com a eleição de 2 deputados (num quadro de redução de deputados nacionais, de 24 para 22) foi expressão da corrente de apoio que a CDU sentiu ao longo de toda a campanha também no Distrito. Campanha da CDU que foi junto dos trabalhadores, das populações, dos agricultores, da juventude, dos professores e de muitos outros, procurando ouvir e esclarecer.

A derrota eleitoral do PS, traduzida em perda de votos e de mandatos constitui uma expressiva condenação da política desenvolvida pelo Governo. Os resultados do PS são inseparáveis da luta, protesto e indignação que uniu e juntou centenas de milhares de portugueses na defesa do direito ao trabalho, dos serviços públicos e de conquistas sociais, que encontrou no PCP e na CDU a mais firme e determinada oposição.

O PCP chama, ainda, a atenção para a tentativa de bipolarização que está já em curso face aos resultados do PSD, procurando iludir a plena identidade de propostas e políticas que unem o PS e o PSD e que a própria campanha o revelou. O que os resultados destas eleições reclamam é uma clara ruptura com as políticas de direita desenvolvidas há mais de 33 anos.

O PCP saúda, ainda, todos os activistas e apoiantes da CDU, militantes do PCP, do PEV, da ID e de muitos independentes, que com a sua generosa dedicação e intervenção insubstituível contribuíram em todo o Distrito para afirmar a distintiva intervenção da CDU no Parlamento Europeu na defesa dos interesses nacionais e para a projectar como uma força indispensável à solução dos problemas do Distrito e do País e a uma ruptura com estas políticas.


O Secretariado da DORCB do PCP