quarta-feira, 29 de julho de 2015



Projecto de Resolução apresentado pelo PCP na Assembleia da República (AR) que defendia a abolição das portagens foi rejeitado com os votos contra do PSD, CDS e PS.

 
No último plenário (22 de Julho) da AR nesta legislatura um conjunto de projectos de resolução foram votados, entre eles o do PCP que defendia a abolição de portagens na A23, tendo sido rejeitado pelo PSD, CDS e PS. Mais uma vez se confirma as opções políticas daqueles que têm conduzido os destinos do País e do Povo. Politicas que têm contribuído para o empobrecimento, a destruição do aparelho produtivo, o desemprego e precariedade, a emigração, o despovoamento e a desertificação do interior.

Vivemos num momento em que é determinante eleger deputados que defendam o povo e o país, o desenvolvimento regional, as melhores condições de vida no plano laboral, social e económico, a aposta na produção, no emprego com direitos, nos serviços públicos, na valorização dos trabalhadores, dos seus rendimentos, dos reformados e pensionistas, numa politica fiscal justa e na defesa da soberania nacional.

É necessário eleger deputados que rompam com este caminho de declínio e trabalhem para o povo e o país. É necessário castigar aqueles que ao longo de 39 anos, PS, PSD e CDS têm construído este país submisso aos grandes interesses e de costas voltadas para o seu povo e as suas potencialidades.

A DORCB do PCP continua a defender e a considerar que é possível combater as concessões milionárias como das Scut´s, abolir as portagens e colocar a A23 ao serviço da região e não mais um obstáculo aos micro, pequenos e médios empresários, aos serviços e trabalhadores da região. PS iniciou o processo das portagens, PSD e CDS conclui. As gentes da região precisam que se acabe com estas portagens. Podem contar com o PCP e a CDU para continuar esse combate e essa exigência.
                                                                                                              24 de Julho de 2015

 

 

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Intervenção da CDU na Assembleia Municipal da Covilhã, em 29 de Abril de 2015 na apreciação às contas e plano da Câmara Municipal de 2014.


A análise tem como foco as ações/obras inscritas no Plano, pela maioria socialista, para o orçamento de 2014, que foi denominado pelos eleitos do PS como o Orçamento das Freguesias.

Na apreciação das contas utilizamos os documentos que a Câmara nos submete para análise e os números que nos fornece comparando o orçamentado com o executado refletindo-se numa taxa de execução que, por norma, se utiliza para evidenciar o bom ou mau desempenho de um Executivo.

Mas o que é a taxa de execução do orçamento, da receita e, principalmente da despesa, das grandes opções do plano ou do plano de atividades municipal ?

Corresponde, de facto ao executado no ano em análise?

Falar de 50 ou 70 % de execução pode-se entender que tudo o que foi previsto fazer em 2014 foi feito naquela percentagem?

Será mesmo assim ou o Orçamento e Plano reserva-nos outra realidade?

Ora o Orçamento e Plano contém, obrigatoriamente, ações e verbas que correspondem a compromissos assumidos em anos anteriores.

No nosso caso existem um conjunto de ações e projetos que vêm de anos anteriores.

Obra já executada, financiada por empréstimos a médio e longo prazo, que consta no orçamento e plano, com pagamento anual à entidade financiadora, obrigatoriamente inscrita no orçamento e plano de cada ano como compromisso assumido.

Numa análise da execução dos planos(GOP,PPI e PAM) verifica-se a existência de projetos e ações já executados (desde 2002) que continuam a ter montantes pagos em 2014, pelo facto de estarem inseridos em empréstimos de médio e longo prazo, que é necessário liquidar anualmente.

Funciona, na prática, como de um empréstimo à habitação. Assumimos uma dívida que é necessário, durante 10, 20 ou mais anos, amortizar em juros e capital.

Só que na Câmara Municipal não se funciona com uma habitação mas sim com centenas de obras financiadas para as quais é necessário afetar anualmente verba para amortizar juros e capital.

Por outro lado quando não consta no mapa, na coluna da taxa de execução, qualquer valor, zero, por exemplo, como se comporta o valor Total Geral no Excel, qual a fórmula ?
 
Contabiliza o projeto/ação com Zero para a Taxa Geral ?

Ou será que a taxa geral de execução não contabiliza as frequências (projetos/ações) a zero?

Se tiver o projeto A com execução a 25%, o projeto B a 50%, o projeto C a 0% e um D a 25% obtenho 25% se somar e dividir o total por 4 projetos e 33% se somar e dividir por 3.

É substancialmente diferente.

Ora, retirando da execução orçamental os compromissos assumidos em anos anteriores e pagos, o que nos resta?

As ações e projetos inscritos em 2014 nas GOP.
Vejamos:
Nas GOP temos as seguintes novas inscrições em 2014:

1- Programa “conhecer o concelho” com um montante previsto de 25.000 euros e executado 10.537,65, com uma taxa de execução de 42,15%. Sem indicação de como e onde se gastou.

2-  Jardim de Infância e EB1 dos Penedos Altos (montante previsto 50.000 € ) e requalificação  da EB1 de Unhais da Serra (23.000 €) – Taxa de execução 0%

3- Centro interpretativo da cereja – Montante previsto 86.000 €, executado 30.000 € - Taxa de execução de 34,88 %

4- Núcleo Museológico da Cultura Operária – Previsto 30.000€ - Execução 0%

5- Pavilhão multiusos de Orjais – Previsto 30.000 € - Execução 0%

6- Praia Fluvial de Verdelhos – Previsto 20.000 € - Execução 0%

7- Requalificação do Pavilhão de Vale Formoso – Previsto 30.000 € - Execução 0%

8-  Requalificação da área desportiva da Aldeia de Souto – Previsto 20.000 € - Execução 0%

9- Pavilhão Municipal da Covilhã – Previsto 50.000 € - Execução 0%

10- Zona de Lazer da Árvore Bonita – Previsto 30.000 € - Execução 100%

11- Casa Mortuária no Dominguiso – Previsto 20.000 € - Execução 0%

12- Recuperação da Judiaria – Previsto – 25.000 € + 25.000 não especificados – Execução 0%

13- Requalificação Urbanística da Quinta da Alâmpada –  Previsto 30.000 € - Execução 0%

14- Requalificação dos arruamentos da Erada – Previsto 20.000 € - Execução 0%

15- Monumento ao dirigente desportivo – Previsto 50.000 € - Execução 0%

16- Requalificação dos arruamentos em Vales do Rio – Previsto 30.000 € - Execução 0%

17-  Mercado do Tortosendo – Previsto 61.000 € - Execução 0%

18- Estrada Souto Negro – Porsim – Portelinha – Previsto 50.000 € - Execução 0%
 
19- Requalificação da EM 502 – Cantar Galo a Vila de Carvalho – Previsto 100.000€ - Execução 0%

20- Beneficiação e electrificação da EN 18 Covilhã – Canhoso – Previsto 120.000 € - Execução 0%

21- Requalificação da EM 511 Casegas – Ourondo – Previsto 50.000€ - Execução 0%

22- Ciclovia Senhora do Carmo – Souto Alto – Previsto 50.000 € - Execução 0%

23- Requalificação da Estrada S. Domingos  - Canhoso – Previsto 50.000 € - Execução 0%

24- Requalificação da Rua do Adro – Previsto 30.000 € - Execução 0%

25- Parque de Lazer do Corge – Previsto 100.000 € - Execução 0%

26- Casa do Povo do Teixoso – Previsto 50.000 € - Execução 0%

27- Sede da Junta de Freguesia do Sobral de S. Miguel – Previsto 30.000 € - Execução 0%

28- Percurso Pedestre Barco Coutada – Previsto 30.000 € - Execução 0%

São 28 projetos, novos, inscritos por este Executivo do PS, no Plano de Atividades da Câmara Municipal da Covilhã para o ano de 2014.

A leitura exaustiva das ações/projetos previstos e do executado demonstra a dimensão extraordinária do falhanço e rotundo fracasso da estratégia do Partido Socialista neste ano de 2014.

Afirmava o Senhor Presidente da Câmara Municipal e a bancada do Partido Socialista que o plano e orçamento de 2014 era o Orçamento das Freguesias.

Aqui fica demonstrado que o orçamento das freguesias teve uma execução de 6,3%.

Repito 6,3%.

93,7% é a dimensão extraordinária do falhanço e rotundo fracasso da estratégia do Partido Socialista neste ano de 2014 com o seu  Orçamento das Freguesias.

Face a esta realidade iremos votar contra.

Os eleitos do PCP

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Jantar do 94º aniversário do PCP


             
 


 jantar do 94º aniversário do pcp

Dia 07 de Março (sábado) 20:00  Horas

Escola EB-2/3 de Tortosendo

Com a presença de: Vladimiro Vale, membro da Comissão Política do Comité Central do P.C.P.

Ementa: Creme de legumes, carne de porco à alentejana, arroz doce, vinho, água e sumos. Preço - 8 cravos

Inscrições até ao dia 04 de Março

Inscreve-te  e trás um amigo também!
Comissão de Freguesia de Tortosendo do P.C.P.

                                                                                                                                                                            Fevereiro de 2015

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

X Assembleia de Organização do PCP - Tortosendo



 

No passado Sábado, dia 14 de Fevereiro, realizou-se a X Assembleia de Organização do PCP na Freguesia do Tortosendo com a participação de três dezenas de camaradas tendo sido eleita a nova Comissão de Freguesia e aprovado o plano de ação para 2015.

Esteve presente a camarada Patrícia Machado, da Comissão Politica, que salientou a importância da realização da assembleia e da eleição da Comissão de Freguesia para que seja possível concretizar o plano de ação para 2015 aprovado que contempla ações próprias e integra a organização no trabalho partidária do Concelho, do Distrito e do País, contribuindo, desta forma, para o reforço do Partido.

Os camaradas presentes salientaram a importância da prestação de contas no trabalho autárquico, o reforço da organização, o recrutamento, uma maior difusão do Avante, os passos dados na campanha de contatos e a campanha de fundos para a aquisição da Quinta do Cabo para a Festa do Avante.

Salientou-se, ainda, a necessidade de se dar mais força à luta de massas elevando a participação no movimento associativo, na luta mais geral dos trabalhadores e do povo português contra a agressão da troika por uma politica patriótica e de esquerda.

FOICEBOOK: O resultado das políticas ditas de austeridade

FOICEBOOK: O resultado das políticas ditas de austeridade: Nota rápida sobre a estimativa rápida do PIB para o 4º trimestre de 2014 e para 2014 1.      Os dados agora divulgados pe...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Declaração de João Ferreira, membro do Comité Central do PCP Sobre as eleições na Grécia



Declaração de João Ferreira, membro do Comité Central do PCP Sobre as eleições na Grécia
O PCP considera que os resultados das eleições gregas representam uma derrota dos partidos que, ao serviço do grande capital, têm governado a Grécia e que , com a União Europeia, são  responsáveis pela política de desastre económico e social que tem sido imposta ao povo grego – traduzindo-se na redução da percentagem conjunta agora obtida pela Nova Democracia e pelo PASOK.

Representam igualmente uma derrota para aqueles que no quadro da União Europeia procuraram, através de inaceitáveis pressões, chantagens e ingerências, condicionar a expressão eleitoral do profundo descontentamento e vontade de mudança política do povo grego.

Os resultados eleitorais expressam a rejeição da política imposta por sucessivos “programas de ajustamento” acordados com a troika, de intensificação da exploração dos trabalhadores, de destruição de direitos laborais e sociais, de negação das mais básicas e essenciais condições de vida, de declínio económico e de abdicação de soberania, sob o ditames da União Europeia e  do Euro.

A rejeição  do rumo de empobrecimento e de desastre económico e social, e a vontade de mudança de política traduziu-se  na vitória do SYRIZA que foi a força política mais votada .

O Partido Comunista da Grécia obteve um resultado que contribuirá para o prosseguimento da luta que desenvolve em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo grego e contra as políticas que, ao serviço do grande capital e do imperialismo, tanto sofrimento têm imposto na Grécia.

O PCP alerta para as manobras daqueles que, no quadro da União Europeia procurarão, como aliás já anunciaram, assegurar o prosseguimento do essencial da política de empobrecimento e desastre económico e social na Grécia e a continuação do domínio da União Europeia e do seu directório de grandes potências, liderado pela Alemanha. Reiterando a sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo grego, o PCP sublinha que serão estes a alcançar, pela sua luta, a resposta às suas necessidades e interesses e a concretização das suas legítimas aspirações a uma vida melhor, à sua dignidade e soberania - decidindo, sem quaisquer ingerências, o seu presente e futuro.

Para o PCP a solução dos graves problemas económicos e sociais que afectam a generalidade dos países na União Europeia exige a ruptura com as políticas, os instrumentos e os mecanismos de integração capitalista que os geram. Só este caminho permitirá respeitar de facto os sentimentos que o povo grego agora expressou.

Em Portugal, esse caminho passa necessariamente pela ruptura com a política de direita e por uma política patriótica e de esquerda que, entre outras opções fundamentais, passa pela renegociação da dívida de acordo com os interesses nacionais; pelo estudo e preparação do País para a sua libertação do domínio do Euro; por uma decidida política de aposta na produção nacional; pelo reforço do poder de compra dos trabalhadores e do povo; pelo controlo público dos sectores estratégicos, nomeadamente o sector financeiro; pela defesa e promoção dos serviços públicos; pelo combate à injustiça fiscal; por uma política que afirme o primado dos interesses do País e a defesa da soberania e independência nacionais.

Em Portugal face ao rumo de exploração, empobrecimento e declínio nacional, está nas mãos do povo português com a sua luta e o seu voto abrir um caminho vinculado aos valores de Abril e, pela sua parte, o PCP tem soluções para o País e está preparado para assumir todas as responsabilidades que o povo português entenda atribuir-lhe. É com confiança que o PCP reafirma que nenhum obstáculo será inultrapassável se enfrentado por um povo decidido a tomar nas suas mãos o seu presente e futuro.
25.01.2015

domingo, 28 de dezembro de 2014

Execução Orçamental confirma politica de empobrecimento

Dados da execução orçamental confirmam política de empobrecimento e declínio nacional
1. O INE e a Direcção Geral do Orçamento (DGO) divulgaram hoje informação relevante para o acompanhamento da execução orçamental em 2014 e que confirmam que, apesar do enorme aumento de impostos a que os trabalhadores, reformados e pensionistas permanecem sujeitos, apesar da quase paralisação do Investimento Público a que o país tem vindo a ser submetido nos últimos anos, apesar da criminosa continuação das privatizações, a verdade é que não só os níveis do défice orçamental permanecem longe das metas propostas pelo Governo, como continuam a ser impostos inaceitáveis sacrifícios ao povo português e a ser comprometido o futuro do país, para continuar a servir uma dívida que é insustentável, para apoiar a banca privada e a especulação financeira, para favorecer o grande capital cujos impostos continuam a diminuir.
2. De acordo com o INE no conjunto dos três primeiros trimestres do ano, o défice orçamental situava-se nos 4,9% do PIB, depois de o Governo há dois meses atrás, com a apresentação do OE para 2015, ter fixado uma meta de 4,8% para 2014, meta esta que corrige a meta inicial fixada há um ano de 4,0% para o défice orçamental de 2014. Os resultados do défice orçamental até Setembro espelham do lado das receitas do Estado, um enorme aumento de impostos sobre os trabalhadores e as suas famílias e do lado das despesas uma contínua e muito preocupante quebra do investimento público, acompanhada pelo aumento das despesas, designadamente com juros.
3. O INE, nesta sua nota agora divulgada, esclarece que os valores deste défice orçamental da Administração Pública no final do 3º trimestre de 2014 não incluem qualquer impacto da recapitalização do Novo Banco, efectuada pelo Fundo de Recapitalização (no próximo mês de Março proceder-se-à à sua reavaliação). O INE clarifica ainda que o Fundo de Resolução detentor da totalidade do capital social do Novo Banco, 4,9 mil milhões de euros, é uma entidade incluída no sector institucional das Administrações Públicas e como tal o Novo Banco é também, nas actuais condições, uma Empresa Pública. Esta informação agora divulgada – sobre a qual o INE admite consequências para a evolução futura do défice das contas públicas - vem confirmar os riscos decorrentes para o país da operação efectuada no último verão em torno do BES/GES, onde mais uma vez, na sequência de outros processos como os do BPN ou BPP, foram comprometidos milhares de milhões de euros de recursos públicos no apoio a banqueiros e especuladores financeiros.
A Agenda do PCP está disponível na Internet em www.pcp.pt Rua Soeiro Pereira Gomes, 3 - 1600 – 196 Lisboa Telef. 217813800 - 217813880 * email: imprensa@pcp.pt * Web: www.pcp.pt
4. Da parte da DGO, a informação na óptica da Contabilidade Pública, confirma o que já se vinha verificando em meses anteriores, a contenção do défice orçamental tem sido feita nestes onze meses do ano, através do enorme aumento da receita de impostos sobre os trabalhadores (+9,0% de IRS, + 958 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano passado), do aumento do IVA (+7,0%,+842 milhões de euros), enquanto o IRC que incide fundamentalmente sobre as grandes empresas caiu escandalosamente (-5,0%, -190 milhões de euros). Ao mesmo tempo, do lado das despesas do Estado, o que se verifica é uma queda continuada do investimento público (-31% - 1164 milhões de euros), um aumento dos juros com a dívida pública (+187 milhões de euros) e um ligeiro aumento das despesas com pessoal (+213 milhões de euros), valor que é inseparável da derrota do governo perante as decisões do Tribunal Constitucional (mesmo assim muito insuficientes para a reposição do poder de compra perdido pelos funcionários públicos nos últimos anos). Refira-se que a despesa com os juros (7 674 milhões de euros) representou neste período praticamente o triplo do investimento público (2 621 milhões de euros). De salientar ainda, do lado da despesa pública, as poupanças que a segurança social fez nestes onze últimos meses à custa dos trabalhadores desempregados e das famílias mais desfavorecidas, com cortes no subsídio de desemprego (- 447 milhões de euros), no Complemento Solidário para Idosos (- 50 milhões de euros), no Rendimento Social de Inserção (-20 milhões de euros) e no Abono de Família (-25 milhões de euros).
5. Para o PCP, os dados agora divulgados confirmam que persiste a política de declínio, exploração e empobrecimento que foi acelerada no quadro dos PEC´s e do Pacto de Agressão. Uma realidade que apenas poderá ser invertida no quadro de uma ruptura com a política de direita que abra caminho a uma alternativa patriótica e de esquerda que garanta a renegociação da dívida, a defesa da produção nacional, o fim das privatizações e o controlo público dos sectores estratégicos, a adopção de uma justa política fiscal, o aumento dos salários, pensões e prestações sociais, a defesa dos serviços públicos, a adopção de uma política que garanta a soberania e a independência nacionais.  
23.12.2014 Gabinete de Imprensa do PCP

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

SOBRE O CONVITE DO PRESIDENTE DA CMC AO VEREADOR DA CDU PARA ASSUMIR FUNÇÕES A TEMPO INTEIRO

 
 
CONFERÊNCIA DE IMPRENSA
SOBRE O CONVITE DO PRESIDENTE DA CMC AO VEREADOR DA CDU PARA ASSUMIR FUNÇÕES A TEMPO INTEIRO
 








Os resultados das Eleições Autárquicas de setembro de 2013 ditaram a composição do Executivo Camarário do Município da Covilhã constituído por 4 forças politicas, num quadro de maioria relativa do PS com 3 Vereadores, 2 Vereadores do Movimento Acreditar, 1 Vereador do PSD e 1 Vereador da Coligação Democrática Unitária (CDU).
 
No quadro desta composição e zelando pela estabilidade governativa do Município, colocavam-se ao Partido Socialista várias opções, entre elas, governar em minoria, num quadro de 3 para 4; o convite ao Vereador do PSD ou o Convite ao 1 ou 2 Vereadores do Movimento Acreditar Covilhã (MAC) (PSD/CDS), perfazendo maiorias de direita, mas contrariando toda a vontade demonstrada pelos eleitores em derrotar essa mesma política de direita e a sua pesada herança à frente dos destinos da Covilhã; ou ainda, o convite à CDU e ao seu Vereador, estabelecendo um compromisso de esquerda em prol dos covilhanenses e do desenvolvimento do Concelho da Covilhã.
 
A CDU e o seu Vereador, logo após as eleições e durante os primeiros meses de mandato, manifestou disponibilidade para assumir a vereação a tempo inteiro com atribuição de pelouros, desde que a atribuição de pelouros fosse correspondida de meios para a execução das competências inerentes aos mesmos e garantisse a independência política do Vereador da CDU. Declarações feitas pelo senhor presidente da Câmara referiam a intenção de um acordo de esquerda, mas a ação demonstrou coisa diferente. O episódio da aprovação do orçamento com o voto favorável do Vereador eleito pelo MAC, anterior militante socialista e a consequente retirada da confiança política do MAC ao mesmo vereador, fez revelar uma outra estratégia, diferente das mais ortodoxas que se colocavam a quem assumisse a governação camarária com seriedade política.
Passado mais de um ano após as eleições e decorrido que está um ano de política autárquica realizada pelo PS, a CDU considera que não foi por acaso que o PS não concretizou qualquer proposta no início do mandato, inviabilizando assim qualquer entendimento e assumindo uma política que não permite que a CDU possa agora assumir responsabilidades, entendendo-se por isso que o PS não queria nem quer seriamente comprometer-se com uma solução de trabalho com a CDU e com uma estratégia de desenvolvimento para o Concelho.
A proposta do senhor Presidente da Câmara para assumir as responsabilidades de Vereador a Tempo Inteiro apresentada simultaneamente, ao Vereador da CDU e ao Vereador do PSD, é por si só estranha e reveladora de incoerência política. Em ano de eleições legislativas, visando reduzir a conflitualidade no executivo e criar a ideia de um PS aberto e gerador de consensos, demonstra a ausência de critérios políticos verdadeiramente potenciadores de convergência.
Para construir convergências, não chega distribuir lugares. É necessário mais  do que isso, é necessário um forte compromisso nas opções e soluções para os problemas do Concelho que infelizmente são muitos, fruto de políticas autárquicas que durante anos fustigaram o nosso Concelho.
Os eleitos do PS têm executado a sua política desenraizada de uma estratégia de desenvolvimento e estranha a um relacionamento criterioso e transparente com as Juntas de Freguesia, o movimento associativo e restantes instituições do concelho, demonstrando com isto, que não estão, realmente, abertos ao diálogo e à aceitação de propostas que não venham de si próprios.
A CDU que há um ano viu rejeitada pelo PS uma disponibilidade para tempo inteiro não pode entender, passados 15 meses, como sério um convite que vem acompanhado de um conjunto de compromissos e opções claras e bem definidas com as quais não concorda nem alinha, como são exemplos:
- Assumiu responsabilidades com coletividades e juntas de freguesia, a cumprir no período do mandato, das quais se desconhecem ou não se compreendem os critérios de atribuição;
- A estruturação e organização dos serviços à medida do PS;
 
- Responsabilidades assumidas, quando existiam alternativas, nas rendas a pagar ao condômino do S. Sporting,  no processo do Montalto, entre outras;
- Optou pela redução da derrama mas não fez qualquer esforço, nem mostrou vontade em reduzir a fatura da água, da TOS e do IMI;
- Não fez qualquer esforço em cumprir a Lei na atribuição dos auxílios económicos às crianças carenciadas do Concelho;
A CDU, conforme já anunciado publicamente pelo Vereador em declarações à RCB, informa que não assumirá a vereação a tempo inteiro e reafirma o seu compromisso para com a população do concelho, no quadro da suas propostas, trabalho, honestidade e competência e do programa que apresentou à população.
A CDU Covilhã pautou sempre a sua ação política pela transparência e com o compromisso inalienável de defender os interesses da população e promover o desenvolvimento do Concelho. É com este objetivo de defesa das populações e promoção do desenvolvimento do Concelho que orienta a nossa ação e as nossas decisões. 
 
Neste sentido, a CDU e o seu Vereador, José Pinto, ao longo deste ano de mandato na vereação da Câmara Municipal da Covilhã, tem desenvolvido várias ações e iniciativas em torno de questões importantes para a vida das pessoas do Concelho, a título de exemplo, relembre-se a iniciativa sobre a degradação das habitações dos Bairros Sociais, sobre os problemas dos agricultores do Concelho, sobre os problemas das pessoas portadoras de deficiências, condições dos transportes e preços/comparticipações nos passes das crianças e jovens, limpeza de espaços, urbanismo, comemorações do 25 de Abril, presença nos Conselhos Gerais das escolas, entre muitas outras.
 
Da parte da CDU sempre se contou com a abertura, o diálogo e a disponibilidade para o trabalho e a execução de medidas em prol do Concelho, do seu desenvolvimento e da melhoria das condições para a sua população. Como aliás, a atuação e a prática o têm demonstrado. A CDU recorda que desde a primeira hora que esteve disponível para o diálogo, convergência e discussão com a maioria eleita. Mesmo sem pelouro!
Para a CDU a questão não está com quem e sim para quê e para quem? O nosso compromisso é para com quem vive e trabalha no concelho.
A CDU reafirma aqui que o trabalho para os covilhanenses, para o desenvolvimento do concelho, que o regular funcionamento dos órgãos não está em risco de não se concretizar. Nunca optamos pela solução de obstaculizar as soluções que são boas para a população e o Concelho, venham elas de quem vierem. Somos oposição construtiva, não somos nem seremos bloqueio ao efetivo desenvolvimento do Concelho da Covilhã.
A população e o Concelho da Covilhã pode continuar a contar com a CDU.