sábado, 31 de maio de 2008

A CAF do PCP anunciou, em comunicado, que «o PCP entregou as contas referentes ao ano de 2007, no passado dia 26 de Maio, no Tribunal Constitucional. As contas entregues cumprem a Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e Campanhas Eleitorais e o Plano Oficial de Contabilidade, com a devida adequação à especificidade partidária.(...) O PCP reafirma a necessidade de prosseguir e intensificar a luta pela revogação da Lei do Financiamento, no quadro da luta mais geral da defesa das liberdades e democracia.»
O PCP entregou as contas referentes ao ano de 2007, no passado dia 26 de Maio, no Tribunal Constitucional.As contas entregues cumprem a Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e Campanhas Eleitorais e o Plano Oficial de Contabilidade, com a devida adequação à especificidade partidária.Esta Lei do Financiamento dos Partidos Políticos e Campanhas Eleitorais, da responsabilidade do PS e PSD, com um profundo carácter antidemocrático e tendo como alvo principal o PCP, visa impor modelos e metodologias organizativas e formatar à acção e participação dos seus militantes, constituindo uma ilegítima ingerência na vida partidária, e objectivamente inscreve-se no ataque mais geral ao regime democrático.
A vida tem mostrado, desde a entrada em vigor desta Lei do Financiamento, que se multiplicam concepções e práticas autoritárias, alargam-se as exigências de procedimentos arbitrários, dirigem-se ataques e campanhas públicas, como os que têm sido dirigidos à Festa do Avante!.
O PCP reafirma a necessidade de prosseguir e intensificar a luta pela revogação da Lei do Financiamento, no quadro da luta mais geral da defesa das liberdades e democracia.Com as contas, que integram os resultados do ano, foi entregue o parecer da Comissão Central de Controlo, a lista discriminada do património do Partido (bens móveis e imóveis), a lista discriminada do património imobiliário de sua propriedade, a lista discriminada das receitas e despesas da actividade de angariação de fundos, a lista com receitas decorrentes do produto da actividade de angariação de fundos com a identificação do tipo de actividade e data da realização, a lista de donativos, a lista das acções de propaganda política, a lista das iniciativas e respectivos meios cujo custo é superior ao SMMN, e extractos bancários.
As contas de 2007 confirmam, uma vez mais, que o financiamento do PCP assenta, no fundamental, nas receitas próprias, resultantes da dinâmica e funcionamento orgânico e da acção e iniciativa dos seus militantes, constituindo 89,4% do total das receitas, cujo valor global foi de 12.254.580,89 euros.
A receita proveniente das subvenções estatais corresponde a 10,6%.Mantêm-se, assim, as características das receitas partidárias, constituindo um elemento determinante para a manutenção do carácter de classe do Partido e da sua independência política e ideológica.As diferentes rubricas das receitas têm o seguinte peso relativo nas receitas globais: Quotizações e contribuições de membros do Partido: 2. 750.742,43 euros (22,4%); Iniciativas de angariação de fundos: 3.133.430,05 euros (25,6%); Contribuições de eleitos: 2.093.761,72 euros (17,1%); Outras receitas: 4.276.646,69 euros (34,9%).No que toca às despesas, cujo valor global ascendeu a 12.399.398,29 euros, o peso relativo de cada uma das rubricas é o seguinte: Custo com pessoal: 4.755.747,82 euros (38,4%); Fornecimento de serviços externos: 3.468.017,79 euros (28%); Custos com iniciativas de angariação de fundos: 2.825.167,53 euros (22,8%); Impostos: 39.983,79 euros (0,3%); Amortizações: 239.272,66 euros (1,9%); Outras despesas: 1.071.208,73 euros (8,6%).O resultado líquido global no ano de 2007 cifrou-se em -144.817,40 euros.
As contas partidárias, à semelhança de anos anteriores, mantiveram um resultado negativo. O esforço realizado pela generalidade das organizações e militantes para aumentar a capacidade financeira, no quadro da acção de reforço do Partido «Sim, é possível, um PCP mais forte», não permitiu uma subida de receitas e uma contenção e diminuição de despesas de modo a atingir o equilíbrio financeiro.Para este objectivo é necessário e urgente que, a todos os níveis, se intensifique a acção e a implementação de medidas que conduzam à sua concretização.As potencialidades e possibilidades existem, é preciso avançar para crescer.Lisboa, 26 de Maio de 2008A Comissão Administrativa e Financeirado Partido Comunista Português
Código de Trabalho - Intervenção de Francisco Lopes na AR



Quarta, 28 Maio 2008
Debate de urgência sobre o Código de Trabalho

Senhor Presidente
Senhores deputados
Senhor Ministro
O desemprego, a precariedade, os baixos salários e pensões, a escalada do aumento dos combustíveis e dos bens alimentares, o endividamento e a subida das taxas de juro, as injustiças e desigualdades sociais, marcam a realidade dos trabalhadores portugueses sujeitos à degradação das suas condições de vida e a empobrecer a trabalhar. Uma situação como há muitos anos não se via.
É preciso agir. Impõem-se medidas: a criação de emprego, o aumento dos salários e das pensões e o reforço dos direitos laborais. É isso que é necessário. É isso que o PCP defende.
Ora, nesta situação não lembraria ao diabo, mas lembrou ao Governo PS, fazer exactamente o contrário.
Com as alterações ao Código do Trabalho o Governo quer baixar os salários e as remunerações, alargar a jornada de trabalho com horas extras sem pagamento, fazer caducar a contratação colectiva, facilitar os despedimentos sem justa causa colocando todos os trabalhadores em situação precária, aumentar o campo da arbitrariedade patronal e da indignidade nos locais de trabalho e abrir uma grande área de negócio com a transferência de dinheiro público para os lucros dos grupos económicos e financeiros, a pretexto de um falso combate à precariedade que é no essencial a sua legitimação.
Querem fazer caducar a contratação colectiva, não porque ela esteja velha, mas para liquidarem os direitos que ela contém muitos deles com influência no valor das remunerações, como o trabalho suplementar, o trabalho por turnos, o trabalho nocturno.
Querem facilitar os despedimentos sem justa causa, com o alargamento dos critérios do despedimento por inadaptação e a introdução do despedimento sumário e criando condições para o aumento da chantagem patronal.
A proposta do Governo é irresponsável, retrógrada e de uma enorme violência social. O Governo não só adere ao Código do Trabalho do PSD e do CDS que criticou, como quer ultrapassar esses partidos pela direita. É um caminho inaceitável.
Razões têm os trabalhadores para lutar contra este retrocesso.
Senhor Ministro,
O Governo semeia ventos de injustiças e desigualdades sociais, que atingem fortemente os trabalhadores, mas pode estar certo que não deixará também de colher as tempestades que resultam da sua agreste sementeira.

domingo, 25 de maio de 2008

O GOVERNO NÃO MERECE A CONFIANÇA DOS PORTUGUESES


O GOVERNO MERECE A CENSURA DE NÓS TODOS


http://videos.sapo.pt/wHVnCZ3J7f07uIF8IdYC

E A GASOLINA AUMENTA E O GOVERNO NÃO EXPLICA NEM NADA FAZ.
NÓS É QUE PAGAMOS ATÉ QUANDO ?

http://videos.sapo.pt/eYnpwmziDUVCBz9YIwrG

É preciso fazer um novo 25 de Abril, no dia a dia, na luta social e politica, e nas urnas, votando PCP/CDU, pois claro!

domingo, 18 de maio de 2008

ENCONTRO CDU

Sábado, dia 17, na Boidobra- Covilhã, os eleitos e activistas da CDU do Distrito de Castelo Branco, reuniram para prestar contas dos seus mandatos.
Foram muitas as intervenções e nestas, notava-se a vontade de continuar a servir as populações, no projecto da Coligação Democrática Unitária (CDU) .
A resolução política, que se transcreve mais abaixo, foi aprovada por unaninidade, com pequenas alterações:
































RESOLUÇÃO PLÍTICA DO ENCONTRO DE ELEITOS E ACTIVISTAS CDU DO DISTRITO DE CASTELO BRANCO.
BOIDOBRA, COVILHÃ – 17 DE MAIO DE 2008



1. O Encontro Distrital da CDU ocorre num quadro de acentuada degradação das condições de vida da população. A política do Governo/PS, no plano nacional, de agravamento das condições de vida dos trabalhadores, dos reformados e da população em geral, de encerramento e redução de serviços públicos, de falta de investimento público em áreas essenciais ao desenvolvimento económico, é acompanhada e em muitos casos agravada por práticas municipais que, sem prejuízo de alguns aspectos positivos no processo de desenvolvimento local, permanecem incapazes de definir u8m modelo de desenvolvimento coerente, equilibrado e sustentado.

No plano do Poder Local Democrático, o Governo/PS tem levado a cabo o mais gravoso ataque desde o 25 de Abril contra as autarquias, os trabalhadores da Administração Local e as populações, sendo disso o exemplo:
- a Lei das Finanças Locais que asfixia administrativa e financeiramente o Poder Local, limitando o investimento directo por parte das autarquias e condicionando a sua capacidade realizadora, com consequências desastrosas para o serviço público e para a qualidade de vida das populações;
- a tentativa de alteração da lei eleitoral, uma vez mais derrotada, cuja concretização contribuiria para acentuar os traços mais negativos da gestão municipal, como o autoritarismo, a falta de transparência, o caciquismo, características bem visíveis em muitas autarquias do nosso distrito;
- a tentativa de transferir para os municípios áreas como a educação, numa lógica de desresponsabilização, o que conduziria à privatização de vários dos seus aspectos, à desvalorização do conceito de educação básica, enquanto formação integral dos indivíduos, pondo em causa a universalidade do ensino;
- ou, inversamente, a centralização de competências municipais, como a gestão da água, saneamento e resíduos nos sistemas multimunicipais para, depois de concluídos os investimentos públicos, proceder à sua privatização.

Num contexto em que o poder autárquico no distrito é dominado pelo PS e pelo PSD e em que a gestão municipal se caracteriza maioritariamente pelo desrespeito pelos direitos da oposição, pela ausência de participação, pelo presidencialismo excessivo, os eleitos da CDU e os seus activistas, apesar das muitas dificuldades com que exercem o seu mandato e dão o seu contributo, têm desempenhado um papel essencial e coerente na defesa dos interesses do distrito e das suas populações contra as medidas do governo PS, em contraste com a posição oportunista de alguns autarcas ou submissão acrítica e obediente demonstrada por tantos outros.

Decorridos cerca de metade do actual mandato, este Encontro Distrital da CDU constitui um momento crucial para debater e avaliar o nosso trabalho, para trocar experiências, para prestar contas, mas também para avaliar e definir o que podemos e deveremos fazer daqui até ao final para valorizar e levar mais longe o projecto autárquico que corporizamos e defendemos, em suma, para contribuir para uma vida mais justa, mais digna e com mais qualidade.





2. A CDU no Distrito - mandatos
O panorama político local no distrito encontra-se há demasiados anos extremamente bipolarizado. Actualmente o PS detém a maioria absoluta em sete municípios e o PSD nos outros quatro.
Em 2005, a CDU concorreu a todas as Câmaras Municipais. A todas as Assembleias Municipais e apresentou listas em 68 freguesias. A CDU obteve 5321 votos, correspondente a 4,23%, para as Câmaras Municipais, 7469 votos, correspondente a 5,94%, para as Assembleias Municipais e 7220 votos, 5,75%, para as Assembleias de Freguesia. A CDU não possui nenhum Vereador; detém oito mandatos em Assembleias Municipais e 38 mandatos em Assembleias de Freguesia, uma das quais, a freguesia Boidobra, em maioria absoluta. Partilhamos ainda responsabilidades de gestão em duas freguesias, São Martinho e Vila do Carvalho, ambas pertencentes ao município da Covilhã.

Quadro Evolutivo do Total dos Mandatos




Câmara Municipal -------------------1997-1 2001-0 2005- 0
Assembleia Municipal---------------- 1997-11 2001-7 2005- 8
Assembleias de Freguesia------------1997-45 2001-34 2005- 38

Em termos Distritais, a repartição dos mandatos distribui-se da seguinte forma:




Assembleias Municipais- 2005 - 8 mandatos




Belmonte -------------1




Castelo Branco ------- 1




Covilhã -------------- 3




Fundão -------------- 2




Vila Velha de Ródão --1




Assembleias de Freguesia - 2005 - 38 mandatos




Covilhã - -----------24




Castelo Branco - -----6




Fundão - ------------4




Idanha-a-Nova ------1




Oleiros - -------------1




Penamacor-----------1




Vila Velha de ródão --1

Apesar da perda de mandatos registada entre 1997 e 2001 (situação a que não é alheia a diminuição do número de eleitos, caso da Câmara Municipal da Covilhã, em que a perda do Vereador coincidiu com a redução do número de Vereadores de 9 para 7), a recuperação registada em 2005, em particular nas freguesias, fruto da melhoria da composição de listas e da sua maior proximidade às populações, confirmam as potencialidades existentes no distrito para o avanço e o reforço eleitoral dos ideais e do projecto CDU.

3. A situação autárquica no Distrito
A prática política do PS e PSD na autárquicas é, em regra, marcada pelo desrespeito dos direitos da oposição, pelos bloqueios à participação de eleitos, trabalhadores das autarquias, associações e populações, pelo presidencialismo excessivo, expresso no desprezo pelas propostas da CDU, na sonegação de informação ou em gestões populistas em permanente estilo de campanha eleitoral, priorizando o show off, as obras de fachada e frequentemente avulsas, pela lógica do quero, posso e mando com a consequente desvalorização dos órgãos deliberativos e do papel e função das freguesias.



Este tipo de gestão tem-se reflectido negativamente nos mais diversos domínios da intervenção autárquica.

- No desenvolvimento e emprego, onde são evidentes: a ausência de uma estratégia de revitalização do aparelho produtivo, em particular nos municípios mais industrializados, deixando abandonadas e devolutas áreas e edifícios; a falta de incentivos às micro, pequenas e médias empresas, ao comércio tradicional e ao apoio ao mundo rural, em contraste com as facilidades concedidas à instalação das grandes superfícies comerciais e as generosas ofertas de terrenos, edifícios e isenções de taxas aos grandes grupos económicos; o regresso, em alguns casos, de apostas monosectoriais, como o turismo; a consagração de lógicas de competição territorial impeditivas do aprofundamento de projectos e soluções intermunicipais coerentes; e o abandono da afirmação das reivindicações autárquicas e das populações perante o poder central .

- No domínio do urbanismo, onde predomina a especulação imobiliária, a gestão casuística dos solos ao sabor dos interesses privados, o abandono dos núcleos urbanos consolidados históricos, a violação das áreas de reserva agrícola e ecológica, o alargamento dos perímetros urbanos das cidades em contraste com o esvaziamento das freguesias e o desrespeito pelo direito à participação na elaboração de instrumentos de planeamento e ordenamento do território.

- No domínio do ambiente, onde apesar dos progressos, persistem carências básicas ao nível do abastecimento de água e saneamento, e onde os cidadãos são cada vez mais penalizados com aumentos de preços.

- No domínio das políticas de apoio ao movimento associativo, concebidas e utilizadas como moeda de troca de apoios políticos futuros e de instrumentalização do papel das colectividades, e onde a regra é a ausência de dialogo estruturado e permanente que permita a adopção concertada de medidas e acções.

- No domínio cultural, onde, apesar da dinâmica, de raiz popular e associativa, de recuperação de algumas importantes tradições culturais, não existem políticas estruturadas com o consequente empobrecimento da oferta de bens culturais e o menosprezo pela criatividade local, bem como pelo património histórico.

- No domínio da participação das populações, crescentemente encaradas como eleitores/clientes e não como cidadãos de corpo inteiro, que devem ser chamados a contribuir, a decidir, a escolher, sobretudo quando estão em causa decisões estruturantes para a vida da região e dos municípios.

- No domínio da gestão de serviços municipais, onde a empresarialização e a privatização (água, lixos, limpeza pública, jardins, etc.) têm como objectivo subtrair ao controlo democrático dos órgãos e das populações áreas fundamentais de intervenção municipal, com repercussões graves no estatuto e nas condições de trabalho dos funcionários municipais.

Como a realidade demonstra, o poder local no distrito precisa de uma mudança profunda. Uma mudança que rompa com o actual quadro de bipolarização, que introduza mais democracia, mais participação e desenvolvimento, invertendo as actuais políticas de destruição do serviço público e de agravamento das desigualdades e das injustiças sociais.





4. A intervenção da CDU – trabalho, honestidade e competência

O Trabalho dos eleitos da CDU, em minoria ou em maioria, como é o caso da freguesia da Boidobra, é um trabalho prestigiado, reconhecido (mesmo pelos nossos adversários) e que dignifica o poder local democrático. A experiência adquirida pelos eleitos e activistas da CDU, testemunho que paulatinamente tem vindo a ser transferido para novos quadros, num esforço de renovação que é preciso continuar, constitui uma garantia de defesa dos interesses das populações e de exigência de uma gestão municipal transparente, participada e competente.

É inegável que a presença dos eleitos da CDU nos órgãos autárquicos constitui uma garantia de trabalho, honestidade e competência ao serviço das populações e dos seus anseios, seja denunciando e combatendo as medidas negativas, seja propondo soluções, apoiando todas as propostas justas, venham de onde vierem, seja cooperando com todos os que prossigam o objectivo da sua concretização.

Esta intervenção séria, combativa e corajosa defronta contudo, sérios obstáculos. Para além dos que resultam da condição de exercício de poder em minoria, da sonegação de informação aos eleitos e do facto da gestão municipal ser hoje mais complexa, vários desses obstáculos resultam também das nossas próprias debilidades. A título de exemplo salientamos: dificuldade em reunir com regularidade todos os eleitos e por maioria de razão, onde não existem eleitos, com os candidatos e activistas da CDU; carência de estruturas de coordenação CDU; fraca divulgação das nossas propostas e intervenção, agravada pela frequente omissão nos órgãos de comunicação social; debilidades na ligação e intervenção atempada sobre os problemas das populações.

A pesar disso, e como o actual mandato uma vez mais comprova, a CDU continua a afirmar-se como uma força distintiva no combate aos abusos de poder, à arrogância, ao autoritarismo, à delapidação de património público em favor de grandes interesses especulativos e essencial ao desenvolvimento e dinamização de lutas de carácter local, de que são exemplos a luta em defesa dos serviços públicos de saúde e educação, da água pública, contra a sua privatização, pela recuperação dos centros históricos e do património, pela melhoria da qualidade de vida, por melhores transportes públicos, de defesa dos pequenos e médios empresários, etc. O apoio e a dimensão conseguida em muitas dessas lutas, demonstram que a nossa influência social e política ultrapassa largamente a expressão eleitoral obtida, comprovando que há condições para crescer e avançar, embora saibamos que isso não depende apenas de nós.

De nós, dos eleitos e activistas da CDU, depende, e devemos concretizá-lo: a melhoria da organização e a articulação do trabalho colectivo; o aprofundamento da ligação às populações, dinamizando a luta e a participação; a promoção do funcionamento regular de colectivos de eleitos e activistas; o alargamento e concretização de uma política de unidade no quadro da afirmação e valorização do projecto autárquico da CDU; a dinamização na divulgação de acções de prestação de contas e de balanço da actividade desenvolvida, de tomadas de posição, de comunicados, de boletins locais e de apresentação de propostas e soluções como condição essencial para a afirmação de um projecto alternativo. E se muito ainda há por fazer, importa assinalar os avanços e progressos conseguidos em alguns domínios, na dinâmica de intervenção, na informação >às populações, na edição de boletins locais, na afixação de cartazes de propaganda concelhios sobre temas concretos.







5. CDU – Participação e Desenvolvimento

É com confiança do trabalho realizado até aqui que encaramos o que resta de mandato, aliando uma postura de alerta, denúncia e combate, à proposta e construção, procurando afirmar o projecto da CDU como força distintiva nas autarquias e como alternativa política, essencial e indispensável à construção de uma vida de progresso e justiça social no distrito. Assim, o Encontro de Eleitos e Activistas CDU proclama como objectivos:

1 – Defender firmemente os interesses da população face à ofensiva do governo PS de privatização ou de encerramento dos serviços públicos e de destruição da funções sociais do Estado, combatendo as intenções de encerramento de serviços de saúde, maternidades, serviços de justiça, segurança, repartições de finanças, escolas.

2 – Exigir a concretização de investimentos estruturantes nas acessibilidades, com a construção do IC8, IC31 e IC6, nos transportes e mobilidade, com a requalificação integral da linha da Beira Baixa e a manutenção da A23 e da A25 sem portagens.

3 – Defender o mundo rural, a floresta, o pequeno e médio comércio, controlando a localização e instalação de unidades comerciais de dimensão relevante e a liberalização dos horários de funcionamento.

4 – Exigir uma maior e mais efectiva descentralização financeira e um melhor aproveitamento de recursos financeiros, patrimoniais e humanos do Estado; a implementação de regras de transparência, rigor, responsabilização e controlo na apreciação da utilização e gestão dos fundos comunitários e a alteração dos critérios na atribuição das verbas do PIDDAC de forma a consagrar maior investimento no distrito.

5 – Lutar pela concretização da Regionalização como garante do desenvolvimento harmonioso do território;

6 – Pugnar pelo funcionamento democrático, transparente e identificado com os interesses e aspirações das populações dos órgãos autárquicos, bem como pela autonomia e valorização do poder local, condenando as transferências de competências numa lógica de desresponsabilização do Estado.

7 – Combater a centralização de competências municipais como a água, saneamento e resíduos, bem como as políticas municipais de privatização de serviços e a retirada de direitos dos trabalhadores.

8 – Afirmar o projecto autárquico da CDU tendo em vista a construção de concelhos equilibrados do ponto de vista ambiental e urbanístico, comprometidos com a requalificação patrimonial, a educação, a cultura e o desporto, com um desenvolvimento económico sustentado e gerador de emprego, com serviços de qualidade.

9 – Afirmar a CDU e dos seus eleitos, portadores de um projecto autárquico progressista que tem por base os princípios “Trabalho Honestidade e Competência”, enquanto representantes das populações que os elegeram, como dinamizadores da luta, sempre com os trabalhadores e as populações na defesa dos seus interesses e direitos.

10 – Reforçar o apoio à CDU por uma maior votação, em todos os órgãos Autárquicos Municipais e de Freguesias do Distrito, nas Eleições Autárquicas de 2009.

quarta-feira, 7 de maio de 2008






















Nota de imprensa da JCP - Sobre as declarações do Presidente da República por ocasião do 34º aniversário da Revolução de Abril



Face às solicitações da comunicação social, a propósito das declarações do Presidente da República por ocasião do 34º aniversário da Revolução de Abril, em que chama a atenção para o “desinteresse” dos jovens no que concerne às questões políticas, a JCP decide tornar pública a seguinte nota de imprensa:
1Para a JCP, a relação dos jovens com a política e o seu conhecimento sobre o 25 de Abril não se mede apenas por um conjunto de perguntas deste ou daquele estudo: hoje muitos milhares de jovens, trabalhadores e estudantes, lutam todos os dias para defender direitos conquistados com Abril. A participação de jovens no movimento estudantil, em associações, grupos formais e informais de jovens, no movimento sindical, no associativismo de base local é uma realidade, apesar das limitações impostas por sucessivos governos.
2As declarações do Presidente da República inserem-se numa tentativa de diminuir o real significado das comemorações populares do 25 de Abril. O agora Presidente da República foi Primeiro-Ministro de governos que protagonizaram de forma destacada a contra-revolução, sendo – privatizações, ataques aos direitos e uma violenta ofensiva ideológica que visava consagrar o individualismo e o conformismo. A falta de credibilidade e desinteresse dos jovens em relação à política tem responsáveis: são aqueles que desde 1976 retiram direitos à juventude, desmembrando aos poucos a democracia saída da Revolução de Abril. A descredibilização da vida política também resulta de prometer e propor uma coisa enquanto oposição e depois no Governo concretizar outra, como o que o Governo PS, que entre tantas outras coisas, em relação ao Código de Trabalho, que prometeu que iria retirar os artigos mais gravosos e vem agora aprofundar o ataque aos jovens trabalhadores, fazendo dos contratos precários regra, desregulamentando os horários de trabalho e liberalizando os despedimentos.
3No entender da JCP, o cumprimento da Constituição da República Portuguesa e o respeito pelas diferentes dimensões da Democracia – política, económica, social e económica – são a mais sólida garantia para uma ampla intervenção social e política na vida do país e para um conhecimento sobre a história e a cultura portuguesas. Neste sentido, não deixa de ser relevante o facto de serem aqueles que mais descredibilizam a vida democrática, serem os primeiros a vir à praça pública falar da reforma da democracia. O governo PS, com a complacência do Presidente da República, tem insistido num cercear dos direitos democráticos dos jovens portugueses: as várias formas de limitação ao direito de manifestação dos estudantes do ensino secundário e dos trabalhadores; a perseguição a dirigentes sindicais e estudantis; a liberdade de expressão e de propaganda atacada diariamente; a promoção da exclusão escolar e social dos estudantes do ensino secundário através do Estatuto do Aluno; o afastamento dos estudantes do ensino secundário dos órgãos de gestão da escola através do Regime Jurídico de Autonomia do Secundário; o afastamento dos estudantes do ensino superior e a entrada de empresas nos órgãos de gestão da escola através do Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior; a elitização e privatização do ensino superior e secundário; a Lei dos Partidos que visa impor modelos e metodologias organizativas; a Lei do Financiamento dos Partidos que visa meter num espartilho e formatar a acção e a participação dos seus membros; o liquidar dos direitos laborais conquistados com Abril; o direito à habitação posto em causa; o cada vez mais difícil acesso à saúde, deporto e cultura.
4Em vários momentos a JCP tem alertado para o conteúdo dos currículos escolares em relação ao tratamento dado ao momento histórico que foi o 25 Abril: situando-se no final do programa, muitas vezes não é dado.
5 Para a JCP, a Revolução de Abril foi a libertação do povo português de 48 anos de ditadura fascista e foi um passo para a democracia consagrada na Constituição de Abril de 1976. Para a JCP, celebrar Abril é também defender os direitos de Abril: a escola pública, gratuita e de qualidade; o trabalho com direitos; o direito à habitação, à saúde, à cultura e ao desporto, o direito de reunião, associação e expressão.As comemorações populares do 34º aniversário da Revolução de Abril tiveram por todo o país uma ampla participação juvenil, mostrando bem que, apesar da ofensiva ideológica, de todas as deturpações e campanhas em torno da Revolução de Abril e da participação juvenil, a juventude marcou presença em defesa de Abril e das suas conquistas.A JCP, cumprindo o seu papel, celebra o 34º aniversário da Revolução de Abril com uma campanha nas escolas, locais de trabalho e outros locais de concentração juvenil. A JCP promoveu no dia 26 de Abril um comício, com a participação do Secretário-Geral do PCP, com centenas de jovens, em Almada, relembrando a luta e os resistentes anti-fascistas, as conquistas de Abril e a necessidade de as defender, cuja oportunidade, face às declarações do dia anterior, deve ser sublinhada.




O Secretariado da Direcção Nacional da JCP




Lisboa, 30 de Abril de 2008

sábado, 3 de maio de 2008

1º de Maio no Tortosendo




















































































































































































































































No Tortosendo comemorou-se o 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalhador.
Integrada no programa da União de Sindicatos de Castelo Branco – CGTP- IN realizou-se a tradicional Manifestação que levou, para as ruas da Vila, centenas de Tortosendenses.
No final usaram da palavra um representante local da Comissão Organizadora, e o Coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Castelo Branco.
Publicamos a intervenção do membro da Comissão local:

Camaradas:
Em nome da Comissão Organizadora das Comemorações do 1º de Maio no Tortosendo faço uma saudação a todos os trabalhadores que, hoje, dia Mundial Trabalhador, se manifestam e lutam por melhores condições de vida e justiça social e festejam esta importante data que contribuiu para a emancipação e libertação dos trabalhadores de todo o mundo.

Para os trabalhadores e povo do Tortosendo vai, também, uma saudação muito especial porque na nossa freguesia, se realiza a única manifestação do dia 1º de Maio na Beira Interior.

Aos representantes de vários Sindicatos do Distrito e para o coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco e membro do Conselho Nacional da CGTP camarada Luis Garra, os nossos agradecimentos por estarem mais uma vez connosco.

Para os mártires de Chicago que há 122 anos, foram sacrificados e chacinados, vai a nossa homenagem e continuamos a afirmar que não morreram em vão.

Vai também a nossa homenagem para os homens e mulheres do Tortosendo que dignificam as gerações actuais e vindouras, que ao longo dos anos nunca se vergaram, e deixaram páginas e exemplos, sobre o Dia 1º de Maio.

Nestas comemorações do 1º de Maio estamos a reafirmar a nossa firme determinação de continuar a lutar pelos nossos direitos sociais e laborais e por uma sociedade de progresso, mais justa que assegure aos portugueses um nível de vida digno e a confiança no futuro.

Nos dias presentes temos muitas razões de descontentamento, porque os trabalhadores estão confrontados com uma violenta ofensiva do grande patronato e deste Governo que procura destruir direitos laborais e sindicais, e, simultaneamente, enfraquecer direitos sociais tão importantes como são os da Segurança Social, da saúde, do ensino ou do acesso à justiça.

Este Governo tem imposto aos trabalhadores e às suas famílias sacrifícios e mais sacrifícios que em nada têm contribuído para a resolução dos grandes problemas do país.

Contrastando com os baixos salários, com as magras pensões de reforma, com a perda do poder de compra da população e com o aumento da pobreza, os grandes grupos económicos não param de ver os seus lucros a engordar.

O resultado das políticas seguidas avolumam os problemas laborais e sociais: cresce o desemprego e a precariedade no trabalho, diminuem os salários reais e aumenta do custo de vida, acentuam-se as desigualdades e aumenta a pobreza.

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) com as lutas que tem desenvolvido, especialmente as grandes manifestações, onde centenas de milhares de portugueses manifestam o seu descontentamento, já deu um claro aviso ao patronato e ao Governo que se oporá firmemente a medidas que se encaminhem para reduzir, ainda mais, os direitos dos trabalhadores e reforçar os poderes patronais.

Por essa razão os trabalhadores portugueses estão a fazer deste 1º de Maio um dia de luta e afirmação dos seus direitos e um grande empenhamento na construção de uma sociedade mais justa e solidária e de desenvolvimento do nosso País.

Camaradas, faz hoje um ano, neste mesmo local, alertamos para a intenção de a Câmara Municipal da Covilhã querer privatizar a água que é um bem público e de todos nós, no passado dia 4 de Abril o negócio foi consumado na Assembleia Municipal o que quer dizer que: se a factura da água já era muito elevada, certamente que no futuro mais elevada será e os lucros deste negócio serão privados mas os custos serão pagos por todos nós.

Com esta politica de privatizações que anda por aí vamos ver se não nos privatizam o ar que respiramos.

Outra questão que não podemos de deixar abordar é a “preocupação” que, nos últimos dias, alguns políticos da nossa “praça” manifestam ao comportamento dos jovens portugueses em relação ao seu desinteresse e ignorância pela coisa pública.

São estes políticos e os seus partidos que nos sucessivos governos criaram e continuam a criar legislação que atiraram os jovens para esta situação.

O fim do crédito bonificado jovem para habitação associado à especulação imobiliária criou nas novas gerações problemas ainda mais graves e de endividamento familiar.

O trabalho precário, os baixos salários, a dificuldade no acesso ao Serviço Nacional se Saúde e a falta de estruturas sociais de apoio aos filhos atrasa , invariavelmente, a maternidade e paternidade dos jovens casais.

A elevada taxa de desemprego dos jovens, associada à pouca ou nenhuma formação profissional inicial ou contínua e o não aproveitamento, por parte dos patrões, da formação académica dos jovens “empurra” estes para profissões pouco qualificadas, com salários reduzidos e com altos índices de precariedade.

A incerteza no futuro, Os recibos verdes, a falta de segurança no emprego, a falta de um programa escolar que lhes ensine os valores da sociedade e explique com realidade a nossa história recente.
Com o lema RESPEITAR OS TRABALHADORES, MUDAR DE POLITICA, estamos a comemorar este dia e reafirmamos; Os jovens e os trabalhadores portugueses merecem mais respeito e têm o direito de viver com mais dignidade.


Vivam os trabalhadores Portugueses!
Vivam os trabalhadores de todo o Mundo!
Viva a CGTP!
Viva o 1º de Maio!