sábado, 3 de maio de 2008

1º de Maio no Tortosendo




















































































































































































































































No Tortosendo comemorou-se o 1º de Maio, Dia Mundial do Trabalhador.
Integrada no programa da União de Sindicatos de Castelo Branco – CGTP- IN realizou-se a tradicional Manifestação que levou, para as ruas da Vila, centenas de Tortosendenses.
No final usaram da palavra um representante local da Comissão Organizadora, e o Coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Castelo Branco.
Publicamos a intervenção do membro da Comissão local:

Camaradas:
Em nome da Comissão Organizadora das Comemorações do 1º de Maio no Tortosendo faço uma saudação a todos os trabalhadores que, hoje, dia Mundial Trabalhador, se manifestam e lutam por melhores condições de vida e justiça social e festejam esta importante data que contribuiu para a emancipação e libertação dos trabalhadores de todo o mundo.

Para os trabalhadores e povo do Tortosendo vai, também, uma saudação muito especial porque na nossa freguesia, se realiza a única manifestação do dia 1º de Maio na Beira Interior.

Aos representantes de vários Sindicatos do Distrito e para o coordenador da União de Sindicatos de Castelo Branco e membro do Conselho Nacional da CGTP camarada Luis Garra, os nossos agradecimentos por estarem mais uma vez connosco.

Para os mártires de Chicago que há 122 anos, foram sacrificados e chacinados, vai a nossa homenagem e continuamos a afirmar que não morreram em vão.

Vai também a nossa homenagem para os homens e mulheres do Tortosendo que dignificam as gerações actuais e vindouras, que ao longo dos anos nunca se vergaram, e deixaram páginas e exemplos, sobre o Dia 1º de Maio.

Nestas comemorações do 1º de Maio estamos a reafirmar a nossa firme determinação de continuar a lutar pelos nossos direitos sociais e laborais e por uma sociedade de progresso, mais justa que assegure aos portugueses um nível de vida digno e a confiança no futuro.

Nos dias presentes temos muitas razões de descontentamento, porque os trabalhadores estão confrontados com uma violenta ofensiva do grande patronato e deste Governo que procura destruir direitos laborais e sindicais, e, simultaneamente, enfraquecer direitos sociais tão importantes como são os da Segurança Social, da saúde, do ensino ou do acesso à justiça.

Este Governo tem imposto aos trabalhadores e às suas famílias sacrifícios e mais sacrifícios que em nada têm contribuído para a resolução dos grandes problemas do país.

Contrastando com os baixos salários, com as magras pensões de reforma, com a perda do poder de compra da população e com o aumento da pobreza, os grandes grupos económicos não param de ver os seus lucros a engordar.

O resultado das políticas seguidas avolumam os problemas laborais e sociais: cresce o desemprego e a precariedade no trabalho, diminuem os salários reais e aumenta do custo de vida, acentuam-se as desigualdades e aumenta a pobreza.

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) com as lutas que tem desenvolvido, especialmente as grandes manifestações, onde centenas de milhares de portugueses manifestam o seu descontentamento, já deu um claro aviso ao patronato e ao Governo que se oporá firmemente a medidas que se encaminhem para reduzir, ainda mais, os direitos dos trabalhadores e reforçar os poderes patronais.

Por essa razão os trabalhadores portugueses estão a fazer deste 1º de Maio um dia de luta e afirmação dos seus direitos e um grande empenhamento na construção de uma sociedade mais justa e solidária e de desenvolvimento do nosso País.

Camaradas, faz hoje um ano, neste mesmo local, alertamos para a intenção de a Câmara Municipal da Covilhã querer privatizar a água que é um bem público e de todos nós, no passado dia 4 de Abril o negócio foi consumado na Assembleia Municipal o que quer dizer que: se a factura da água já era muito elevada, certamente que no futuro mais elevada será e os lucros deste negócio serão privados mas os custos serão pagos por todos nós.

Com esta politica de privatizações que anda por aí vamos ver se não nos privatizam o ar que respiramos.

Outra questão que não podemos de deixar abordar é a “preocupação” que, nos últimos dias, alguns políticos da nossa “praça” manifestam ao comportamento dos jovens portugueses em relação ao seu desinteresse e ignorância pela coisa pública.

São estes políticos e os seus partidos que nos sucessivos governos criaram e continuam a criar legislação que atiraram os jovens para esta situação.

O fim do crédito bonificado jovem para habitação associado à especulação imobiliária criou nas novas gerações problemas ainda mais graves e de endividamento familiar.

O trabalho precário, os baixos salários, a dificuldade no acesso ao Serviço Nacional se Saúde e a falta de estruturas sociais de apoio aos filhos atrasa , invariavelmente, a maternidade e paternidade dos jovens casais.

A elevada taxa de desemprego dos jovens, associada à pouca ou nenhuma formação profissional inicial ou contínua e o não aproveitamento, por parte dos patrões, da formação académica dos jovens “empurra” estes para profissões pouco qualificadas, com salários reduzidos e com altos índices de precariedade.

A incerteza no futuro, Os recibos verdes, a falta de segurança no emprego, a falta de um programa escolar que lhes ensine os valores da sociedade e explique com realidade a nossa história recente.
Com o lema RESPEITAR OS TRABALHADORES, MUDAR DE POLITICA, estamos a comemorar este dia e reafirmamos; Os jovens e os trabalhadores portugueses merecem mais respeito e têm o direito de viver com mais dignidade.


Vivam os trabalhadores Portugueses!
Vivam os trabalhadores de todo o Mundo!
Viva a CGTP!
Viva o 1º de Maio!

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