segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

EDIFÍCIO PARA A GNR DO TORTOSENDO

PROPOSTAS DOS DEPUTADOS DO PCP NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Afinal de contas

O PS, o PSD e o CDS/PP não querem obras no nosso Concelho?

O texto que a seguir se transcreve corresponde à intervenção dos eleitos do PCP na última Assembleia Municipal, dia 14 de Dezembro.

Nem os eleitos do PS, do PSD e a eleita do CDS/PP nem o Presidente da Câmara deram qualquer resposta para que fosse possível perceber a atitude dos eleitos daqueles partidos na Assembleia da República.

Será que os eleitos do PSD no Tortosendo conseguem justificar porque razão o PSD não aprovou a inscrição da obra e o reforço financeiro?

Assembleia Municipal da Covilhã

Sessão de 14 de Dezembro de 2007PIDDAC

- Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central para o ano de 2008

Propostas dos Deputados do PCP na Comissão Parlamentar da Assembleia da República

Pelo Deputado João Oliveira

1 - No programa 21 – medida 3 – Pavilhão e Piscinas Municipais no Complexo Desportivo da Covilhã –Reforço da dotação em 100.000 €

2 - No programa 09 – medida 1 – Construção do Quartel da GNR do Tortosendo - Reforço da dotação em 100.000 €

3 – No programa 19 – medida 8 – Parque Natural da Serra da EstrelaReforço da dotação em 1.000.000 €

4 – No programa 11 – medida 1 - Beneficiação e ampliação da Escola Secundária Frei Heitor PintoReforço em 100.000 €

5 – No programa 12 – medida 1 – Requalificação do Pólo de Artes e Letras da UBIReforço em 500.000 €Pelo Deputado Bruno Dias

6 – No programa 24 – medida 4 – Túnel de Alvoaça – Ligação Covilhã – Seia . Prolongamento do IC67 –
No programa 24 – medida 2 – Variante à Covilhã

Os senhores deputados apresentaram estas propostas nas respectivas comissões como alterações a incluir no PIDDAC para 2008.

Sabendo nós que as inscrições em PIDDAC para o Concelho são diminutas, limitando-se a alguns investimentos na UBI, seria importante a inscrição de outros investimentos garantindo-se, de facto, o compromisso do Governo em lançar as obras propostas.

Contudo, apesar da necessidade das obras para a resolução de problemas estruturais e para o desenvolvimento do nosso Concelho, os senhores deputados do PS, do PSD e do CDS – PP, na Comissão da Assembleia da República, votaram contra a sua inscrição em PIDDAC.

Sabendo-se que houve uma redução significativa do PIDDAC para o nosso Concelho e conhecendo-se a tendência centralizadora do governo PS e da sua opção em não assumir compromissos perante as populações, entende–se e lamenta-se a posição dos deputados da maioria.

Contudo, como se pode entender o voto contra dos deputados do PSD e do CDS-PP?

Apresentaram propostas e asseguraram a execução das obras por outra via?Não concordam com os investimentos propostos?

Que outros investimentos apresentaram para o nosso Concelho?

Covilhã, 14 de Dezembro de 2008

Os eleitos do PCP/CDU

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007





Centros de Trabalho de Ovar e Covilhã remodelados
De portas abertas para a vida
Foram inaugurados, no fim-de-semana, depois de remodelados, os Centros de Trabalho de Ovar e Covilhã. Testemunho do reforço do Partido, a remodelação dos Centros de Trabalho é, ao mesmo tempo, um importante contributo para o fortalecimento da organização e influência do PCP, afirmou Jerónimo de Sousa, que participou nas duas inaugurações.

Uma longa recuperação
No domingo foi a vez do Centro de Trabalho da Covilhã ser inaugurado, após as obras de requalificação a que foi sujeito. Situado em plena zona histórica da cidade, o Centro de Trabalho funciona desde 1975 num antigo solar – a Casa das Morgadas. Depois de remodelado e pintado, o imponente edifício salta ainda mais à vista ao contrastar com o estado de degradação de muitos prédios vizinhos.A cerimónia estava marcada para as 11.30 da manhã, mas meia hora antes já dezenas de militantes comunistas tinham chegado ao local e percorriam a renovada sede, observando e comentando entre si as melhorias verificadas. Também a banda filarmónica local chegou um pouco mais cedo e os acordes da Grândola, Vila Morena aqueceram o ambiente. À chegada de Jerónimo de Sousa, a música alterou-se. A Internacional deu o mote ao içar da bandeira comunista e A Portuguesa fez o mesmo com a bandeira nacional. O dirigente regional do Partido, António Cardoso, falando na mais famosa sala do edifício, o Salão dos Continentes, agradeceu a todos quantos contribuíram para tornar possível a requalificação do Centro de Trabalho do PCP na Covilhã, lembrando, porém, que a campanha de fundos continua. Em sua opinião, «esta obra não terá significado nenhum se ela se mantiver tal qual como está – limpinha, com as cores todas brilhantes – mas se não lhe dermos vida e se não aproveitarmos este magnífico espaço para fortalecer o Partido no concelho e no distrito de Castelo Branco». Aliás, «é para isto que existem os nossos centros de trabalho».A Casa das Morgadas, que desde 1975 alberga a estrutura local e regional do Partido, é conhecida por uma das suas salas, o Salão dos Continentes. A sua principal atracção é o tecto, que foi mandado construir em 1642 pelo proprietário, Simão Cardoso Tavares, um rico industrial têxtil. Alguns anos mais tarde, por volta de 1690, foi pintada uma alegoria aos quatro continentes já descobertos naquele tempo – Europa, Ásia, África, América. O autor permanece desconhecido, mas sabe-se que foi executado por um mestre de uma oficina que existia na Covilhã, chamado Manuel Pereira. As pinturas foram consideradas por muitos historiadores de arte como raras, ao tratarem temas profanos, pouco em voga no universo religioso da época. Os elementos da vida animal e vegetal dos continentes revelam também uma abertura ao humanismo, consideram os especialistas.A preservação do tecto do Salão dos Continentes foi uma preocupação constante do PCP desde que se instalou no antigo solar. Após várias recusas das autoridades municipais, acabou por ser o próprio Partido a substituir o telhado, para que parasse de chover no salão. Depois de anos a pedir cooperação a diversas entidades, o PCP conseguiu o apoio da Região de Turismo da Serra da Estrela para a recuperação do tecto. A 30 de Abril de 2002, após um processo de requalificação que envolveu o IPPAAR, o salão abriu as suas portas ao público pela primeira vez, remodelado. Cinco anos depois, foi todo o edifício a ser recuperado.
Jerónimo de Sousa inaugurou Centros de Trabalho
Um forte laço com as regiõese os trabalhadores
O secretário-geral do Partido interveio nas duas inaugurações, destacando que são os Centros de Trabalho que «estabelecem o laço mais forte com o militante, com a região e com os problemas concretos que afectam os trabalhadores e as populações dessas mesmas regiões». Considerando importante que os Centros de Trabalho do Partido ganhem, com estas obras, uma nova imagem, Jerónimo de Sousa salientou que o que é necessário é que ganhem também «uma nova dimensão». As casas do Partido, prosseguiu, têm de ser casas naturalmente abertas: aos militantes, em primeiro lugar, mas também aos trabalhadores e às populações que hoje são atingidas por esta política de direita». Os distritos de Aveiro e Castelo Branco, recordou, são duas regiões especialmente afectadas pelos encerramentos de empresas e liquidação de postos de trabalho. A abertura ou reabertura dos Centros de Trabalho é muito importante para o reforço da organização do Partido. Mas estes devem também estar abertos e disponíveis para ouvir os trabalhadores e, principalmente, para agir e trabalhar com eles na defesa dos seus direitos». Para Jerónimo de Sousa, o que realmente assusta as classes dominantes é a luta organizada, «aquela que leva à consciência social e política». A função de uma casa do Partido, realçou, é precisamente «procurar que os militantes comunistas se organizem, reforçando também a organização dos trabalhadores aos mais diversos níveis». O secretário-geral do PCP valorizou ainda que estas inaugurações ocorram num momento em que o Partido se reforça. Desde o XVII Congresso já aderiram ao Partido mais de 4 700 novos militantes. E tanto que se disse acerca do definhamento e da morte, a prazo, do PCP, lembrou… «Este Partido Comunista, enquanto mantiver esta ligação aos trabalhadores e ao povo português, será um partido indestrutível, será um partido que vai crescer e aumentar a sua influência, porque esta é a sua razão de ser.»



OS MUROS
"Um dia destes, a propósito dos gastos dos partidos nas campanhas eleitorais, um politólogo especializado na matéria, chamado a opinar, opinou que as campanhas eleitorais partidárias eram desnecessárias, já que, explicava, a intervenção da comunicação social nas campanhas era suficiente para fazer chegar aos eleitores as propostas dos vários partidos concorrentes.
Nessas circunstâncias, acrescentava, os cidadãos, para darem consciente destino ao seu voto, não precisavam de cartazes, nem de panos dependurados nas árvores, nem de comícios, nem de debates, nem de sessões de esclarecimento, nem de nada dessas coisa que tanto dinheiro custam.
Presumindo que o dito politólogo não estava a brincar, só nos resta... levá-lo a sério – sobretudo no que respeita ao conceito de democracia eleitoral implícito na sua opinação. Sabe, certamente, o politólogo – não pode deixar de saber – que a comunicação social dominante que dá guarida às opiniões por ele emitidas não tem igual abertura para opiniões que das suas discordem ou se lhes oponham.
Sabe, igualmente – não pode deixar de saber – como essa comunicação social distribui o seu tempo e o seu espaço pelos partidos políticos nacionais – e não apenas em período de campanha eleitoral, mas todos os dias de todas as semanas, de todos os meses, de todos os anos. Sabe, ainda – não pode deixar de saber – o porquê dessa prática por parte de todos os média propriedade do grande capital – que são a quase totalidade dos existentes.
Ora, sabendo tudo isto e opinando como opina, é óbvio que ao seu conceito de eleições democráticas falta, precisamente, o conteúdo democrático. Bem tramados estávamos, nós, comunistas, se seguíssemos a opinação dele; se não recorrêssemos à militância partidária para fazer chegar as nossas propostas ao eleitorado, procurando ultrapassar e derrubar os muros espessos que a comunicação social dominante ergue entre nós e o eleitorado – muros que são feitos não apenas do silenciamento dessas propostas, mas, pior do que isso, da sua deturpação e falsificação. Muros que, todos os dias, roubam democracia à democracia."
José Casanova