ACTIVIDADES ECONÓMICAS
Na estrutura do emprego regional evidencia-se o emprego ligado às actividades agrícolas e às que exigem um nível médio/baixo de formação, em paralelo com o baixo nível de escolaridade. Nas duas últimas décadas, à semelhança do que ocorreu, quer na região Centro, quer no país, a Serra da Estrela registou uma movimentação da sua população activa, por sector de actividade, caracterizada por uma quebra nos sectores primário e secundário, em paralelo com um ligeiro aumento no sector terciário, pelo que, em termos contabilísticos, os ganhos do sector terciário não conseguiram absorver a mão-de-obra despedida, gerando assim mais desemprego.
A actividade produtiva caracteriza-se por uma agricultura com alguns processos tecnológicos desactualizados e produtos de pouco valor acrescentado, a mono especialização industrial (lanifícios e vestuário) assente em mão-de-obra pouco qualificada e nos baixos custos salariais e ainda um sector de serviços relativamente dinâmico, mas pouco inovador. Em termos do sector primário a região destaca-se pela criação de gado de pequeno porte (ovinicultura e caprinicultura) e pela produção de produtos frutícolas frescos e azeitona e pela indústria extractiva.
Uma análise mais profunda do sector secundário revela-nos uma forte presença dos têxteis e vestuário. A energia e combustíveis, a indústria agro-alimentar e a construção são sub-sectores industriais também com um peso significativo, em termos de produção e de criação de rendimento e emprego. Apesar dos factores positivos desta situação, o modelo de especialização produtiva levanta algumas dúvidas quanto à sua sustentabilidade. Por um lado, a partir dos anos 80 e até finais dos anos 90, verificou-se uma falsa e errada diversificação industrial, com o preenchimento não qualificante da fileira têxtil com as actividades de confecção e vestuário e, por outro lado, verificou-se que a reestruturação do sector dos lanifícios seguiu uma trajectória de concentração capitalista, de integração vertical e de inovação de processos, que visou assegurar uma «competitividade» baseada no controle de custos sobretudo a mão-de-obra barata e no cumprimento de prazos e não na valorização da combinação de recursos produtivos. Refira-se ainda que as pequenas e médias empresas recorrem pouco ou quase nada aos centros tecnológicos e laboratórios existentes na região, sendo também incipiente a criação de serviços de apoio às empresas do sector.
Ao nível do sector têxtil, temos os lanifícios onde se verificam avanços no processo produtivo, no parque tecnológico, na inovação do produto e em segmentos de têxteis de valor acrescentado, no entanto persiste o atraso na aposta noutros produtos, como por exemplo os têxteis técnicos. Este atraso indica a necessidade de reorganização da fileira têxtil, com a correspondente migração do sector para produtos com incorporação de tecnologia de ponta, onde as taxas de crescimento da procura são elevados e a concorrência dos países asiáticos ainda não é relevante.
Na estrutura do emprego regional evidencia-se o emprego ligado às actividades agrícolas e às que exigem um nível médio/baixo de formação, em paralelo com o baixo nível de escolaridade. Nas duas últimas décadas, à semelhança do que ocorreu, quer na região Centro, quer no país, a Serra da Estrela registou uma movimentação da sua população activa, por sector de actividade, caracterizada por uma quebra nos sectores primário e secundário, em paralelo com um ligeiro aumento no sector terciário, pelo que, em termos contabilísticos, os ganhos do sector terciário não conseguiram absorver a mão-de-obra despedida, gerando assim mais desemprego.
A actividade produtiva caracteriza-se por uma agricultura com alguns processos tecnológicos desactualizados e produtos de pouco valor acrescentado, a mono especialização industrial (lanifícios e vestuário) assente em mão-de-obra pouco qualificada e nos baixos custos salariais e ainda um sector de serviços relativamente dinâmico, mas pouco inovador. Em termos do sector primário a região destaca-se pela criação de gado de pequeno porte (ovinicultura e caprinicultura) e pela produção de produtos frutícolas frescos e azeitona e pela indústria extractiva.
Uma análise mais profunda do sector secundário revela-nos uma forte presença dos têxteis e vestuário. A energia e combustíveis, a indústria agro-alimentar e a construção são sub-sectores industriais também com um peso significativo, em termos de produção e de criação de rendimento e emprego. Apesar dos factores positivos desta situação, o modelo de especialização produtiva levanta algumas dúvidas quanto à sua sustentabilidade. Por um lado, a partir dos anos 80 e até finais dos anos 90, verificou-se uma falsa e errada diversificação industrial, com o preenchimento não qualificante da fileira têxtil com as actividades de confecção e vestuário e, por outro lado, verificou-se que a reestruturação do sector dos lanifícios seguiu uma trajectória de concentração capitalista, de integração vertical e de inovação de processos, que visou assegurar uma «competitividade» baseada no controle de custos sobretudo a mão-de-obra barata e no cumprimento de prazos e não na valorização da combinação de recursos produtivos. Refira-se ainda que as pequenas e médias empresas recorrem pouco ou quase nada aos centros tecnológicos e laboratórios existentes na região, sendo também incipiente a criação de serviços de apoio às empresas do sector.
Ao nível do sector têxtil, temos os lanifícios onde se verificam avanços no processo produtivo, no parque tecnológico, na inovação do produto e em segmentos de têxteis de valor acrescentado, no entanto persiste o atraso na aposta noutros produtos, como por exemplo os têxteis técnicos. Este atraso indica a necessidade de reorganização da fileira têxtil, com a correspondente migração do sector para produtos com incorporação de tecnologia de ponta, onde as taxas de crescimento da procura são elevados e a concorrência dos países asiáticos ainda não é relevante.
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